Thomati rejeita ter sido influenciado por Rui Pedro Soares

O ex-presidente executivo da Taguspark diz que nunca se deixou influenciar, salientando que “Rui Pedro Soares não influenciou rigorosamente nada”. A Taguspark apenas aproveitou os seus conhecimentos de negócios.
Miguel Baltazar/Negócios
Alexandra Machado 18 de Fevereiro de 2013 às 15:40

Américo Thomati, ex-presidente executivo da Taguspark arguido no caso com o nome da empresa, assumiu esta segunda-feira nunca ter sido influenciado por Rui Pedro Soares na gestão do parque tecnológico. "Nunca me influenciou nem eu me permitia enquanto gestor ser influenciado por quem quer que fosse. Rejo-me pelos interesses da própria sociedade. Rui Pedro Soares não influenciou rigorosamente nada", salientou enquanto prestava o seu depoimento perante o tribunal de Oeiras.

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Thomati acrescentou que, no entanto, Rui Pedro Soares teve um trabalho importante devido aos seus conhecimentos de negócios e a Taguspark aproveitou. "Sem fintar ninguém trouxemos negócios muito bons".

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Thomati explicou que foi Rui Pedro Soares que sugeriu contratos com Luis Figo e José Mourinho. "Não foi ele que fez, éramos nós que tínhamos de pedalar por eles com benefício enorme para a Taguspark", adiantou.  

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O caso Taguspark remonta a 2009/2010. Os arguidos (Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva) são acusados de corrupção passiva para acto ilícito. Isto porque a acusação entendeu que no âmbito das suas funções na Taguspark foi feito um contrato com Luís Figo, por esta empresa, mas cujo objectivo último era apoiar a campanha eleitoral de José Sócrates. Os arguidos chegam a tribunal porque foi entendido que a Taguspark era uma empresa pública. Só os funcionários públicos podem responder por corrupção passiva para acto ilícito.

 

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Américo Thomati é o último dos três arguidos a depor. Rui Pedro Soares e João Carlos Silva já prestaram declarações, com o julgamento a arrancar no dia 14 de Fevereiro. Esta segunda-feira deverão também começar a prestar declarações algumas testemunhas do processo.

 

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Estava previsto que a primeira testemunha a ser ouvida fosse Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, mas o autarca não se encontra no país pelo que não prestará depoimento esta segunda-feira. Previsto está ainda a audição de Carlos Matos Ferreira, que à data (2009 e 2010) era presidente do conselho de administração da Taguspark (com função não executivas), Paulo Penedos e Henrique Granadeiro, presidente da PT.

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