Portugal assinou 23 instrumentos de cooperação com Angola e reforçou crédito em 62% desde julho 2024
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que a cooperação com Angola "é cada vez mais intensa", destacando que, desde julho de 2024, foram assinados 23 instrumentos de cooperação e reforçada a linha de crédito em 62% para 3.250 milhões de euros.
Durante uma visita às obras da Marginal da Corimba, em Luanda, onde se encontra para participar na 7.ª Cimeira União Africana - União Europeia, Montenegro sublinhou que esta é a quarta reunião bilateral com o Governo angolano neste período, o que considera ser sinal de uma relação "cada vez mais intensa e cada vez mais produtiva".
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Da agenda do primeiro-ministro consta, na segunda-feira - dia de abertura da cimeira de dois dias entre os dois blocos -, um encontro no Palácio Presidencial com o Presidente angolano, João Lourenço.
Montenegro destacou que, desde julho de 2024, foram assinados 23 instrumentos de cooperação e reforçada a linha de crédito inicial de 2.000 milhões de euros, com um acréscimo de 1.250 milhões de euros, "o que tem permitido a muitas empresas portuguesas trabalharem diretamente em Angola, com a administração angolana e ao serviço da comunidade".
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Sublinhou que as empresas portuguesas "têm sido determinantes em várias infraestruturas essenciais ao desenvolvimento do país", atuando de forma cada vez mais diversificada, não só em obras públicas, mas também nos setores do turismo, agricultura, saúde e educação.
Montenegro manifestou ainda o desejo de maior celeridade na criação e reforço dos mecanismos de formação profissional, permitindo qualificar quadros tanto em Angola como em Portugal, contribuindo para o desenvolvimento dos dois países.
O primeiro-ministro referiu que existem 250 empresas portuguesas a trabalhar de forma permanente em Angola e destacou a importância da relação económica, que abrange outros setores e se traduz em oportunidades de emprego e melhorias para a população.
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O chefe do Executivo sublinhou que além da participação na cimeira, quis ir ao terreno avaliar o impacto da cooperação, tendo hoje visitado uma escola construída em 1972 que está a ser reabilitada para acolher 6.000 alunos e a nova marginal de Luanda.
Apontou a formação como eixo fundamental da cooperação, beneficiando ambos os países, não só os angolanos que procuram Portugal mais bem preparados, mas também Angola com um quantitativo de recursos humanos preparados para serem integrados nas empresas que atuam no país.
Referindo que empresários têm insistido na necessidade de quadros mais qualificados, Montenegro mostrou disponibilidade para criar academias de formação que constituem "um eixo essencial de competitividade".
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Deixou ainda palavras de otimismo, entusiasmo e sentido de desafio, concluindo: "Há muito para fazer, ainda não fizemos tudo o que queremos fazer, e podem contar com o Governo de Portugal".
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