Donald Trump põe Rubio na segurança nacional e passa Waltz para a ONU
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio (na foto), assumirá interinamente as funções de conselheiro de segurança nacional, acumulando ambos os cargos — uma situação inédita nos Estados Unidos desde Henry Kissinger nos anos 1970. Donald Trump afastou o seu conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, na sequência do escândalo conhecido como "Signalgate", nomeando-o para o cargo de embaixador dos EUA nas Nações Unidas.
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"Mike Waltz trabalhou arduamente para colocar os interesses da nossa nação em primeiro lugar", escreveu Trump na rede Truth Social, ao anunciar a nomeação de Waltz para a ONU. "Sei que continuará a fazê-lo no seu novo papel."?
A decisão surge após Waltz, ex-congressista republicano e veterano das Forças Especiais, ter adicionado inadvertidamente o jornalista Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista The Atlantic, a um grupo de mensagens na aplicação Signal, onde altos responsáveis discutiam planos confidenciais de ataques aéreos no Iémen. A divulgação dessas mensagens causou constrangimento à administração e levantou preocupações sobre a segurança das comunicações internas.?
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Fontes próximas da Casa Branca, citadas pela Reuters, indicam que a saída de Waltz e do seu adjunto, Alex Wong, também se deveu a tensões internas, nomeadamente com a chefe de gabinete Susie Wiles, e à pressão de figuras da ala mais radical do trumpismo, como a ativista Laura Loomer, que acusou Wong de ligações à China. Loomer terá influenciado Trump a demitir vários membros da equipa de Waltz, enfraquecendo ainda mais a sua posição.?
Apesar de inicialmente ter defendido Waltz, Trump decidiu afastá-lo para conter os danos políticos e preservar a imagem da sua administração. A nomeação de Rubio para acumular os cargos de secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional reflete a confiança de Trump no senador da Florida e a necessidade de estabilidade nas áreas de política externa e segurança.?
A saída de Waltz marca a primeira grande remodelação no círculo próximo de Trump desde o início do seu segundo mandato, em janeiro de 2025, e levanta questões sobre a gestão da segurança e das comunicações na administração.
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