Líder do FMI terá aligeirado relatório a pedido de Bolsonaro
Depois da China, o Brasil. A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) continua debaixo de fortes críticas, desta vez devido a um relatório sobre o impacto das alterações climáticas na economia brasileira, que terá sido aligeirado, depois de uma reunião de Kristalina Georgieva com representantes do governo do presidente do país Jair Bolsonaro, indica a Bloomberg.
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O encontro da líder búlgara foi com Afonso Bevilaqua, que representa o país junto da organização, e que, por várias vezes, se tinha queixado de que o relatório podia prejudicar a economia do Brasil.
A versão final do documento, aprovada em julho, após a reunião, deixa cair algumas expressões mais duras que indicavam que o Executivo brasileiro não estava a tomar todas as medidas necessárias para enfrentar a crise climática. Apesar de ser comum haver várias versões e alterações nos relatórios do FMI, é raro que aconteçam após encontros com representantes dos países em causa.
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O incidente surge numa altura em que o próprio FMI assume as alterações climáticas como bandeira das suas políticas. A própria Georgieva Kristalina tinha já assumido essa pasta ao longo da sua carreira, em organizações anteriores.
A responsável tem atualmente um processo de averiguações em curso devido a um relatório do Banco Mundial que indica que, quando esteve à frente daquela instituição - cargo que ocupou antes de chegar à liderança do FMI, terá manipulado dados económicos a favor da China.
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Durante esta semana houve audições, tanto dos responsáveis pelo relatório como de Kristalina Georgieva, para tentar apurar os factos. A líder bulga negou veementemente todas as acusações de que é alvo.
Esta sexta-feira, os 24 membros do conselho do FMI tomarão uma decisão sobre o futuro da líder búlgara aos comandos da instituição. Qualquer que seja a decisão tomada, os especialistas concordam que estes escândalos mancham a reputação dos dois organismos.
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