Receitas alfandegárias dos EUA até junho superam conjunto de 2024

Os EUA obtiveram mais receitas com impostos alfandegários nos primeiros seis meses de 2025 do que em todo o ano de 2024, de acordo com dados do Tesouro americano compilados pela AFP.

No total, as receitas ultrapassaram os 87 mil milhões de dólares (75,47 mil milhões de euros) no primeiro semestre deste ano, contra cerca de 79 mil milhões de dólares (68,53 mil milhões de euros) em 2024, de acordo com dados mensais do final de junho, atualizados na quarta-feira, que mostram um aumento desde abril de 2025, quando Donald Trump deu início à guerra tarifária.

Um pico anterior foi registado em 2022, com 98 mil milhões de dólares (85,02 mil milhões de euros), de acordo com cálculos da AFP.

Em junho, as receitas líquidas relacionadas com as alfândegas atingiram 26,6 mil milhões de dólares (23,08 mil milhões de euros), quase quatro vezes mais do que em janeiro, e ultrapassaram o total dos primeiros três meses do ano, com 22,8 mil milhões de dólares (19,78 mil milhões de euros).

Estas receitas podem ainda subir com o aumento programado de certos direitos aduaneiros, que Donald Trump voltou a defender hoje, afirmando que a sua política comercial permite tornar os Estados Unidos "GRANDES e RICOS novamente".

O seu governo utiliza os direitos aduaneiros como meio de pressão económica, mas também política, contra vários parceiros comerciais, nomeadamente o Canadá, o Brasil e a Índia.

A partir de sexta-feira, 01 de agosto, uma série de sobretaxas devem ser aplicadas à maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos.

"Tudo estará pronto na sexta-feira", garantiu o secretário do Comércio, Howard Lutnick.

"O dia 01 de agosto é o dia em que vamos implementar essas taxas e elas não serão mais discutidas depois disso", acrescentou.

Para cerca de 80 países, incluindo os 27 da União Europeia (UE), os direitos aduaneiros aplicados nos produtos devem aumentar a partir de sexta-feira, situando-se entre 11% e 50%, dependendo da origem dos produtos.