Sanções económicas sob Trump custaram 16.500 milhões de euros a Cuba

O reforço das sanções económicas a Cuba decidido sob o mandato do agora ex-Presidente norte-americano Donald Trump custaram a Havana 20.000 milhões de dólares (16.500 milhões de euros), indicou esta quarta-feira fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano.
Lusa_EPA/reuters
Lusa 20 de Janeiro de 2021 às 18:43

"Os danos às relações bilaterais durante todo este período foram consideráveis e prejudicaram economicamente imenso a Cuba. Estimamos em cerca de 20.000 milhões de dólares", disse Johana Tabalada, responsável pelo Departamento dos Estados Unidos no Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano.

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Tabalada sublinhou que Trump, que deixou hoje a Casa Branca, aproveitou até ao final do seu mandato para impor "duras sanções" contra Cuba, lembrando que, a 11 deste mês, a ilha voltou a ser incluída na lista de países que apoiam o terrorismo.

Cuba, que tinha deixado de figurar na lista em 2015, durante a aproximação operada pelo antigo Presidente norte-americano Barack Obama, tendo então como vice-Presidente Joe Biden, que hoje entrou para a Casa Branca.

No mesmo ano, os dois países restabeleceram relações diplomáticas.

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Para Tabalada, durante os quatro anos do seu único mandato, Trump, com o apoio da importante comunidade de exilados cubanos na Florida, nada fez para manter a política de abertura e, pelo contrário, endureceu o já severo embargo imposto à ilha das Caraíbas desde 1962.

Segundo a responsável pelo Departamento dos Estados Unidos do MNE cubano, durante os quatro anos do mandato de Trump foram tomadas 240 medidas sancionatórias.

Entre elas, destacou, está a proibição de os navios de cruzeiro efetuarem escalas em Cuba, uma "lista negra" para uma série de empresas e de dirigentes cubanos, a instauração de ações judiciais contra empresas estrangeiras presentes em Cuba e de entraves ao envio de dinheiro pelos cubanos que residem fora da ilha.

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"Há um dano objetivo e palpável ao padrão de vida da população cubana por causa das medidas que foram tomadas. Tudo isso se agravou com a pandemia de covid-19, que o governo de Trump viu como uma oportunidade e [...] aproveitou para atacar Cuba com medidas coercitivas adicionais", afirmou Tabalada.

A responsável pelo Departamento dos Estados Unidos do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba disse esperar uma nova relação entre os dois países sob a administração do novo presidente democrata.

"Biden disse que tem a intenção de reverter os danos provocados por Trump e não temos quaisquer razões para duvidar desse empenho", referiu.

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