Trump: Putin pretende retomar contactos diretos com futuro Presidente dos EUA

"Nunca recusámos o diálogo, sempre estivemos prontos a manter relações harmoniosas e de cooperação com qualquer administração americana", disse Putin, exigindo um "respeito mútuo".
Evgenia Novozhenina
Lusa 20 de Janeiro de 2025 às 15:35

O Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou Donald Trump pela sua iminente tomada de posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), manifestando a sua vontade de retomar "contactos diretos" com a Casa Branca.

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Putin afirmou que a vitória de Trump nas eleições presidenciais de novembro passado foi "convincente" e que demonstrou "coragem" durante a campanha, que considerou não ter sido fácil para o candidato republicano e para a sua família porque incluiu "uma tentativa de assassinato".

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Sublinhou ainda que Moscovo tomou nota das declarações de Trump e da sua equipa "sobre o desejo de retomar os contactos diretos com a Rússia", atribuindo a responsabilidade da interrupção de conversações à "administração cessante" do democrata Joe Biden.

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"Nunca recusámos o diálogo, sempre estivemos prontos a manter relações harmoniosas e de cooperação com qualquer administração americana", disse Putin, exigindo um "respeito mútuo".

"Partimos do princípio de que o diálogo deve basear-se na igualdade e no respeito mútuo, tendo em conta o papel significativo desempenhado pelos nossos países numa série de questões fundamentais da agenda global, incluindo o reforço da estabilidade e da segurança estratégica", insistiu.

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Em particular, sublinhou que Moscovo está "aberto" ao diálogo com a nova administração dos EUA sobre a resolução do conflito ucraniano.

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"O mais importante aqui é erradicar as causas profundas da crise", disse, aludindo à aproximação da infraestrutura militar da NATO às fronteiras da Rússia.

Além disso, o chefe de Estado russo sublinhou que o objetivo da resolução do conflito na Ucrânia "não deve ser uma trégua curta, nem uma pausa para reagrupar ou rearmar para continuar o conflito, mas uma paz duradoura com base no respeito pelos interesses legítimos de todas as pessoas, de todos os povos que vivem nesta região".

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Putin acrescentou que, aconteça o que acontecer, a Rússia continuará a lutar pelos interesses do seu povo no que diz respeito à "operação militar especial", como se refere à invasão da Ucrânia, que lançou em fevereiro de 2022.

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Durante a reunião, o chefe do Kremlin (presidência russa) ouviu o relatório do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, sobre as relações com os Estados Unidos.

O Kremlin espera que o próprio Trump tome a iniciativa de telefonar ao seu homólogo russo.

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"Não quero dar a impressão de que Moscovo está de braços cruzados à espera de um telefonema de Washington. Não, estamos calmamente à espera quando a equipa de Trump tomar posse e ele entrar na Sala Oval. Depois disso, veremos", disse Yuri Ushakov, conselheiro presidencial para os assuntos internacionais, há alguns dias.

O regresso de Donald Trump à Casa Branca (presidência norte-americana) gerou alguma incerteza em Kiev e nos seus aliados mais próximos devido à sua posição sobre a guerra ucraniana, que afirmou ser capaz de resolver em 24 horas.

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