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Kremlin concorda com Trump: interacção e cooperação estão em risco

O afastamento entre os dois países é uma realidade preocupante, considera a administração russa, que diz partilhar os receios manifestados ontem por Donald Trump.

Donald Trump Vladimir Putin Hamburgo G20
Donald Trump Vladimir Putin Hamburgo G20 Reuters
04 de Agosto de 2017 às 13:08

A presidência russa concorda com o diagnóstico feito esta quinta-feira por Donald Trump, de que as relações entre os Estados Unidos e a Rússia estão num nível "histórica e perigosamente baixo", e que o maior perigo é que o afastamento entre as duas potências reduza a capacidade de cooperação.

"Partilhamos inteiramente essa opinião. (...) O perigo pode residir num défice de interacção e cooperação nas matérias que são vitais para os nossos dois países e povos," afirmou esta sexta-feira, 4 de Agosto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conferência de imprensa.

Ontem o presidente norte-americano responsabilizou o Congresso pelo endurecimento das sanções económicas à Rússia, num diploma que Trump tinha assinado um dia antes, deixando na altura reparos sobre a inconstitucionalidade de algumas das normas prevista.

"A nossa relação com a Rússia está num nível histórico e perigosamente baixo. Podem agradecer ao Congresso, aos mesmos que nem nos conseguem dar cuidados de saúde," escreveu no Twitter, numa referência ao impasse para derrubar e substituir a reforma do sistema de saúde denominada Obamacare.

Também esta quarta-feira o chefe da diplomacia russa se referiu ao reforço de sanções – que neste caso se aplicam em particular ao sector energético - como "perigoso": "É uma linha política de vistas curtas e até mesmo perigosa que se arrisca a minar a estabilidade [em todo o mundo]", afirmou Sergueï Lavrov, num comunicado citado pela agência France Presse e pela Lusa.

No domingo, e em resposta à decisão dos EUA terem aprovado a extensão das sanções, o presidente Vladimir Putin já tinha confirmado a ordem de retirada de 755 diplomatas norte-americanos de solo russo, uma medida que Moscovo defende como pretendendo igualar o número de diplomatas russos a trabalhar nos EUA.

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