O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta terça-feira à noite um decreto que aumenta as tarifas sobre a importação de aço e alumínio de 25% para 50%, tal como tinha adiantado horas antes a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.

A duplicação das taxas aduaneiras sobre estes produtos tinha sido anunciada por Trump na madrugada de sábado passado, indicando que as tarifas entrariam em vigor a 4 de junho.

O chefe de Estado norte-americano justificou a subida que se aplicará já esta quarta-feira com o facto de as tarifas de 25% "ainda não terem impulsionado a indústria siderúrgica dos EUA". De fora deste agravamento ficam as importações de aço e alumínio provenientes do Reino Unido, que se manterão nos atuais 25%, uma vez que o acordo alcançado entre Londres e Washington ainda está a ser ultimado.

Logo após o anúncio do agravamento das tarifas, aumentaram as tensões com os parceiros comerciais com quem Washington se encontra a negociar, nomeadamente a União Europeia (UE), sobre as designadas "tarifas recíprocas".

A matéria é ainda mais complexa uma vez que subsistem dúvidas se o Presidente pode unilateralmente impor tarifas. As dúvidas adensaram-se após, na semana passada, um tribunal norte-americano ter considerado "ilegais" as tarifas. No entanto, um tribunal de recurso permitiu que as tarifas até 15% vigorassem por 150 dias, enquanto se aguarda uma decisão sobre o recurso apresentado pela Administração Trump.

O Presidente dos EUA fez o anúncio da duplicação das tarifas sobre estes metais numa fábrica da US Steel, onde apoiou a venda da empresa à japonesa Nippon Steel. Na altura, Trump disse que o agravamento das tarifas iria beneficiar a produção de aço nos Estados Unidos.

Notícia atualizada às 22:43 com a assinatura do decreto por Donald Trump e a confirmação da data de entrada em vigor