O Presidente dos EUA, Donald Trump, prolongou as tréguas nas tarifas sobre a China por 90 dias. A decisão, avançada pela CNBC, foi tomada após Trump ter dito que as negociações "estão a correr bem".

De acordo com o canal, Trump assinou uma ordem executiva a prolongar as tréguas, em que os dois países se comprometeram a baixar as tarifas de mais de 100% que tinham imposto reciprocamente para avançarem com as negociações.

Desta forma, com o prolongamento das tréguas, que expiravam na terça-feira, a China continua a ter uma taxa de 30% nos bens exportados para os EUA, enquanto os produtos norte-americanos pagam 10%. O acordo provisório, alcançado em maio, também facilitou a exportação de terras raras e tecnologia entre os dois países. 

A extensão permite que os países tenham mais tempo para negociar questões pendentes, como o tráfico de fentanil que Trump diz ser permitido pela China para os EUA, a importação de petróleo russo pelos chineses e uma maior abertura dos mercados aos produtos norte-americanos.

Poucas horas antes da decisão, Donald Trump afirmou que as negociações com Pequim estão a correr “bastante bem”. “Vamos ver o que acontecerá (…). A minha relação com o Presidente Xi [Jinping] é muito boa”, declarou o chefe de Estado norte-americano à imprensa na Casa Branca.

Também Pequim tinha manifestado o desejo de um “resultado positivo” nas negociações com Washington. “Esperamos que os Estados Unidos trabalhem com a China para respeitar o importante consenso alcançado durante a conversa telefónica entre os dois chefes de Estado… e se esforcem por obter resultados positivos com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, num comunicado.

A decisão de Trump de prolongar as tréguas seguiu-se a uma nova ronda de negociações em julho entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro ministro chinês, He Lifeng. A ronda de conversações foi a terceira em três meses. 

*Com Lusa