EUA deverão descer tarifas à China para 50% a 65%

Depois de terem levado a guerra comercial com a China aos píncaros, os EUA deverão pôr água na fervura e avançar com cortes às tarifas.
Donald Trump, Xi Jinping
EPA
Inês Santinhos Gonçalves 23 de Abril de 2025 às 14:55

O Governo norte-americano deverá reduzir as tarifas à China, numa tentativa de esfriar a guerra comercial, avança o jornal Wall Street Journal, citando fontes próximas do assunto.

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O Presidente Donald Trump não terá tomado ainda uma decisão final, mas um dirigente da Casa Branca indicou que as taxas aduaneiras deverão descer de 145% para entre 50% a 65%. Em cima da mesa estão cortes escalonados, com taxas mais reduzidas para produtos que os EUA considerem que não ameaçam a segurança nacional mas mais elevadas, de pelo menos 100%, a items tidos como estratégicos para os interesses americanos.

Esta quarta-feira, Trump disse que planeava ser "muito simpático" com a China no contexto de futuras negociações comerciais e que as tarifas impostas pelos EUA à importação de produtos chineses poderão ser reduzidas se os dois países chegarem a um acordo, avançou a Bloomberg esta quarta-feira.

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"[As tarifas] cairão substancialmente, mas não chegarão a zero", disse Trump em Washington, depois dos comentários feitos pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, sobre o facto do impasse na "guerra comercial" com Pequim ser insustentável. Num encontro à porta fechada com investidores, Bessent disse que as duas maiores economias do mundo têm de se entender, o que acontecerá "em breve". Ainda assim, o responsável garantiu que um acordo abrangente entre Washington e Pequim poderia demorar dois a três anos a alcançar, sendo que as as negociações ainda não começaram.

Já o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou, na primeira declaração depois das de Trump, que as guerras comerciais minam os "interesses legítimos" de todos os países e "têm impacto na ordem económica mundial", numa altura em que Washington se mostra otimista em relação a um acordo.

"As guerras tarifárias e comerciais minam os direitos e interesses legítimos de todos os países, prejudicam o sistema de comércio multilateral e têm impacto na ordem económica mundial", disse Xi durante uma reunião com o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Pequim, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua.

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Segundo Xi, a China continuará a esforçar-se para "salvaguardar o sistema internacional" e "defender a equidade e a justiça internacionais", tendo as Nações Unidas como "pilar".

Notícia atualizada

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