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Bessent refere que não há oferta unilateral dos EUA para cortar tarifas à China

O secretário do Tesouro norte-americano disse que não há uma proposta do Presidente dos EUA para reduzir as taxas sobre a China de forma unilateral. Apesar de não haver ainda calendário para um acordo, Bessent disse que não ficaria surpreso se as tarifas descessem mutuamente.

Scott Bessent
Scott Bessent Ben Curtis / AP
23 de Abril de 2025 às 18:22

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que Donald Trump não apresentou uma oferta para reduzir as tarifas sobre a China numa base unilateral. Questionado sobre se não há uma proposta do Presidente dos EUA para desanuviar as tensões com a China, Bessent respondeu "não, de todo".

"Como já disse muitas vezes, não creio que nenhuma das partes acredite que os atuais níveis das tarifas sejam sustentáveis, pelo que não me surpreenderia se baixassem de forma mútua", afirmou, em declarações aos jornalistas após um discurso num evento do Instituto de Finanças Internacionais em Washington.

Trump disse na terça-feira que as tarifas "vão descer substancialmente, mas que não serão zero", e que não vê necessidade de "jogar agressivamente" com o líder chinês, Xi Jinping, prometendo ser "muito simpático" nas negociações. Já esta quarta-feira, o WSJ avançou que os EUA poderão cortar as tarifas sobre a China, mas não de forma unilateral, de acordo com uma fonte da Administração Trump.     

Mas, as tarifas podem não ser a única questão em cima da mesa a resolver entre as duas maiores economias do mundo. Bessent adiantou que a Administração dos EUA está a analisar vários fatores em relação à China, como outras "barreiras" não tarifárias e os subsídios governamentais - sem dar mais pormenores.

Apesar de ter confirmado que ainda não há calendário para um acordo com Pequim, o Secretário garantiu que as relações entre Washington e Pequim estão "no topo". Bessent acredita que o "reequilíbrio total" do comércio poderá demorar entre dois a três anos. 

Já Trump disse em separado esta quarta-feira que os EUA vão chegar a um "acordo justo" com a China.

Não há acordos com a China, mas com a Índia as negociações parecem estar a avançar. Bessent indicou ainda que os EUA e a Índia estão "muito próximos" de um acordo comercial, mas que um acordo "satisfatório" não significa um "documento comercial efetivo". Isto vem ao encontro do que o secretário do Tesouro já tinha afirmando anteriormente, que as primeiras "tréguas" com os parceiros comerciais serão um "quadro geral" sem grandes detalhes.

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