França e China assinam acordos de 13,5 mil milhões. Macron lança farpas aos EUA

Paris e Pequim assinaram acordos no valor de 13,5 mil milhões de euros e cimentaram a cooperação no clima. Macron aproveitou para lançar farpas aos EUA, após o pedido formal de saída do acordo de Paris.
Emmanuel Macron, Xi Jinping
EPA
Negócios 06 de Novembro de 2019 às 10:01

A China e França assinaram contratos num total de 15 mil milhões de dólares (13,5 mil milhões de euros) durante uma visita do presidente francês a Pequim, anunciou uma fonte oficial do Governo chinês, citado pela Reuters, numa conferência de imprensa esta quarta-feira, 6 de novembro.

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Os acordos foram alcançados na área da aeronáutica, da energia e da agricultura, incluindo a aprovação para que 20 empresas francesas possam exportar galináceo, vaca e porco para a China.   

 

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Emmanuel Macron e Xi Jinping também acordaram em expandir o protocolo para as exportações de galináceo alcançado este ano de forma a incluir patos e gansos assim como "foie gras" (fígado). Segundo o Politico, o "foie gras" francês foi proibido na China em 2015 por causa de um foco de gripe aviária.

Os dois países vão ainda trabalhar num protocolo para permitir que França possa exportar sémen de porco para a China. 

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Emmanuel Macron aproveitou a ocasião para lançar farpas aos EUA que, esta semana, apresentaram o pedido formal de saída do acordo de Paris de 2015. "Quando a China, a União Europeia e a Rússia se comprometem [com o acordo de Paris], a escolha isolada deste ou daquele país não é suficiente para mudar o rumo das coisas", disse o presidente francês. Os EUA, Síria e Nicarágua são os únicos três países que ficam fora do acordo.

Quanto aos acordos na área energética entre França e a China, estes incluem um memorando de entendimento entre o Beijing Gas Group e a gigante francesa Engie para colaborarem num terminal de gás natural liquefeito e o respetivo armazenamento. A Engie deverá fornecer uma membrana tecnológica que previne a fuga de gás. 

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A agência estatal de notícias da China, a Xinhua, revela também que as autoridades chinesas irão ajudar as empresas nacionais a comprar aviões à francesa Airbus. O acordo inclui também que a empresa invista na China.

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