Grupo Wagner recua na marcha sobre Moscovo para “evitar derramamento de sangue”

Negociações foram intermediadas pelo presidente da Bielorússia e foram dadas garantias de segurança aos mercenários que acabaram por recuar na marcha iniciada na manhã deste sábado em direção a Moscovo.
Yevgeny Prigozhin, Wagner
Reuters
Filomena Lança 24 de Junho de 2023 às 19:09

Os combatentes mercenários russos amotinados que percorreram a maior parte do caminho para Moscovo a partir de Rostov-on-Don, na fronteira com a Ucrânia, concordaram em voltar para evitar derramamento de sangue. As negociações foram intermediadas pelo  bielorrusso, Alexander Lukashenko, e em troca foram dadas garantias de segurança para os rebeldes, adianta a agência Reuters, que cita fontes do gabinete de Lukashenko. 

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Segundo o comunicado oficial do governo da Bielorrússia, as negociações entre as duas partes demoraram todo o dia. "Yevgeny Progozhin aceitou a porposta do presidente da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko de parar o movimentos de pessoas armadas do grupo Wagner na Rússia e tomar ações para desescalar as tensões. Neste momento, está em cima da mesa uma opção absolutamente rentável e aceitável para resolver a situação, com garantias de segurança para os combatentes do grupo Wagner."

Prigozhin, líder do grupo Wagner, justificou a ação com declarações de que os seus homens estavam numa "marcha por justiça" para tirar do poder os comandantes russos corruptos e incompetentes que ele culpa pelo facto de estarem a perder a guerra na Ucrânia.

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Poucos minutos depois do comunicado de Lukashenko, foi a vez de Yevgeny Prigozhin, através de um audio colocado no Telegram, vir afirmar que ele e as suas forças estavam a dar meia volta e a "voltar ao acampamento, de acordo com o planeado", adianta o The New York Times.

Zelensky já reagiu

Zelensky já reagiu

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Pouco depois de o mercenário russo anunciar o recuo das suas forças, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, numa mensagem no Twitter que "hoje, o mundo viu que os líderes da Rússia não controlam nada".

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Today, the world saw that the bosses of Russia do not control anything. Nothing at all. Complete chaos. Complete absence of any predictability.

First, the world should not be afraid. We know what protects us. Our unity.

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Ukraine will definitely be able to protect Europe from any…

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 Também o Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou este sábado avanços em várias direções da frente leste, no âmbito da ofensiva contra as forças de Moscovo. Segundo a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, a ofensiva dirige-se simultaneamente "em várias direções", inclusive em direção à cidade de Bakhmut, enquanto o lado russo prossegue intensos bombardeamentos contra as tropas ucranianas.

(notícia em atualização)

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