ONU: 2016 será o ano mais quente de sempre

Pelo terceiro ano consecutivo, a temperatura média do planeta deverá em 2016 bater um novo recorde.
china poluição
14 de Novembro de 2016 às 13:23

Muito provavelmente, 2016 será o ano mais quente desde que há registos, superando os anteriores recordes quebrados nos dois anos imediatamente anteriores. A previsão é da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Perante os dados recolhidos para os primeiros nove meses do ano, a OMM considera que é 90% certo que 2016 será o ano mais quente desde que há registos.

As temperaturas entre Janeiro e Setembro foram 1,2 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais e 0,88 acima dos registados entre 1961 e 1990.

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O impacto do fenómeno El Niño explica parte do aquecimento, mas a principal causa continua a ser a emissão de gases poluentes com efeitos de estufa, resultantes da extracção e utilização de petróleo, carvão e gás natural.

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"Outro ano. Outro recorde ", constatou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, segundo o qual a actividade humana terá contribuído para pelo menos metade dos eventos meteorológicos extremos nos últimos anos, o que afectou a agricultura e a segurança alimentar de mais de 60 milhões de pessoas.

 

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Várias cidades viveram dias de calor histórico. Em Pretória, na África do Sul, os termómetros subiram aos 42,7 ºC em Janeiro; em Mae Hong Son, na Tailândia, atingiram os 44,6ºC em Abril; em Phalodi, na Índia, a fasquia dos 50 graus (51º) foi quebrada em Maio e em Mitribah, no Kuwait, em Julho a temperatura chegou a alcançar 54º.

 

Segundo as previsões dos cientistas, caso as temperaturas do planeta subam dois graus acima dos níveis pré-industriais os efeitos do aquecimento global serão irreversíveis, provocando fenómenos meteorológicos extremos, inundações, secas prolongadas e subida acentuada das temperaturas e do nível do mar.

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Os números foram revelados nesta segunda-feira, 14 de Novembro, por ocasião da cimeira do Clima, que decorre em Marraquexe, Marrocos, numa altura em que o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, promete rasgar o acordo de Paris de combate às alterações climáticas.

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