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Escrever voltou a ser algo perigoso

11:00

“Por vezes tiram-nos a língua, por vezes calamo-la por iniciativa própria. Por vezes vivemos, por vezes morremos. Por vezes temos nome, por vezes designam-nos pelo que somos e não por quem somos. A história parece sempre um nadinha diferente, dependendo de quem a conta”, escreve Carmen Maria Machado no livro de memórias “Na Casa dos Sonhos” (editora Alfaguara), onde retrata a história de violência que viveu. A escritora norte-americana, neta de imigrantes cubanos, mora no estado de Iowa, um “red state” na América de Trump, e é também autora do livro “O Corpo Dela e Outras Partes”, uma obra sobre a condição feminina. Reflete sobre questões de género, sobre homossexualidade e relações queer - “cresci numa cultura em que o casamento gay passou de impossibilidade cómica a conclusão inevitável e, por fim, lei da nação. Não estou no armário há quase uma década. Mesmo assim, sou injustificadamente assombrada pelo espetro da lésbica louca”. Fala-nos sobre o que é a memória, o passado e a História. E diz que escrever voltou a ser um ato perigoso.

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