Xi Jinping: China não quer uma guerra comercial mas vai retaliar "quando necessário"
O presidente chinês Xi Jinping assegurou esta sexta-feira, 22 de novembro, que Pequim quer chegar a um acordo inicial com os Estados Unidos para resolver a disputa que se prolonga há vários meses, e que tem evitado uma guerra comercial com Washington.
PUB
No entanto, o chefe de Estado sublinhou que, apesar de não desejar uma guerra com a maior economia do mundo, a China irá retaliar "quando for necessário". Qualquer entendimento, apontou, tem de ser construído com base na "igualdade e respeito mútuo".
"Queremos trabalhar no sentido de alcançar um acordo inicial com base no respeito mútuo e na igualdade", disse Xi.
PUB
"Quando for necessário, lutaremos, mas estamos a trabalhar ativamente para tentar não ter uma guerra comercial. Não iniciámos essa guerra comercial e não é algo que queiramos", acrescentou, em resposta a questões de representantes do Fórum da Nova Economia organizado pela Bloomberg em Pequim.
Os comentários do presidente chinês são feitos poucos dias depois de Donald Trump ter dito que a China não está a "avançar para o nível que eu quero" nas negociações, levantando dúvidas sobre a possibilidade de as duas economias alcançarem um entendimento este ano, como era esperado.
PUB
Na quarta-feira, o principal negociador comercial da China, o vice-primeiro-ministro Liu He, indicou que estava "cautelosamente otimista" com a possibilidade de fechar um entendimento inicial com os Estados Unidos.
PUB
No entanto, as expectativas resfriaram nos últimos dias, com novos focos de tensão entre as duas economias, sobretudo depois de o Senado dos EUA ter aprovado legislação que coloca o país ao lado dos protestantes em Hong Kong. As autoridades chinesas criticaram a medida e prometeram retaliar.
A importância das entrelinhas
O vírus do Estado
Mais um erro do PS?
Relembrar Ernâni Lopes
Mais lidas
O Negócios recomenda