Pequim pede fim das guerras comerciais antes de encontro entre Xi e Trump
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, afirmou esta madrugada de segunda-feira que o mundo está a caminhar para uma "ordem multipolar" e apelou ao fim das guerras comerciais, dias antes do encontro entre Xi Jinping e Donald Trump.
Durante um fórum realizado em Pequim, Wang criticou "a politização das questões económicas e comerciais, a fragmentação artificial dos mercados globais e o recurso a guerras comerciais e batalhas tarifárias", numa referência velada ao protecionismo dos Estados Unidos.
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"O sentido da História não pode ser revertido e um mundo multipolar está a emergir", afirmou o diplomata, que alertou ainda contra a "retirada frequente de acordos, a inversão de compromissos e a formação entusiástica de blocos e alianças", ações que, segundo disse, colocam o multilateralismo sob "desafios sem precedentes".
As declarações surgem na véspera da chegada do líder norte-americano, Donald Trump, à Coreia do Sul, onde está agendada para quinta-feira uma reunião com o homólogo chinês, Xi Jinping, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), na cidade de Gyeongju.
O antigo Presidente dos EUA, que regressou ao poder em janeiro de 2024, manifestou otimismo quanto à possibilidade de alcançar um "bom acordo" com a China, após meses de tensão comercial renovada entre as duas maiores economias do mundo.
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No domingo, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que os dois líderes deverão validar um compromisso em torno das exportações chinesas de terras raras e da compra de soja norte-americana por Pequim.
O representante chinês para o Comércio Internacional, Li Chenggang, garantiu que os dois países alcançaram um "consenso preliminar".
Está atualmente em vigor uma trégua tarifária entre os dois lados, que expira a 10 de novembro.
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