China abdica de estatuto de país em desenvolvimento. Organização do Comércio saúda decisão
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que declarou que o país já não procurará um tratamento especial e diferenciado em futuros acordos no âmbito da OMC.

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A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, saudou esta quarta-feira como "um momento crucial" a decisão da China de renunciar ao estatuto de país em desenvolvimento, em vigor desde a sua adesão em 2001.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que declarou que o país já não procurará um tratamento especial e diferenciado em futuros acordos no âmbito da OMC.
Durante décadas, esse estatuto permitiu aos países em desenvolvimento maior flexibilidade no cumprimento das obrigações previstas nos acordos, em áreas como propriedade intelectual, abertura de serviços ou liberalização agrícola, além de acesso a assistência técnica para implementação dos compromissos.
A ascensão da China a maior potência comercial mundial e segunda maior economia levou vários países, em particular os Estados Unidos, a pressionarem Pequim para abdicar desse estatuto.
"Esta declaração marca um passo significativo nas discussões em curso sobre o papel das grandes economias em desenvolvimento avançadas dentro do sistema multilateral de comércio", afirmou a OMC em comunicado.
"Este é um momento crucial para a OMC. A decisão da China reflete um compromisso com um sistema de comércio mundial mais equilibrado e equitativo, ao mesmo tempo que envia um forte sinal de apoio à reforma da organização", declarou Okonjo-Iweala.
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