China pede aos EUA para recuarem nas tarifas e quer mais negociações
Pedido surge depois de Donald Trump ter anunciado tarifas adicionais de 100% sobre os bens chineses, após o país asiático ter tomado medidas de controlo das exportações e outras que desagradaram ao líder norte-americano.
Em resposta ao mais recente ataque tarifário de Donald Trump, a China disse que os EUA devem parar com as ameaças e pediram mais negociações sobre assuntos com vista a finalizarem o acordo comercial entre os dois países, que mantinham uma trégua comercial dese maio, mês em que reduziram mutuamente as elevadas taxas de mais de 100% que estavam em vigor.
O Ministério do Comércio chinês disse num comunicado este domingo que as recentes contramedidas tomadas em relação aos EUA foram ações necessárias e defensivas e deixou o aviso: caso os norte-americanos mantenham o rumo de ação, a China vai tomar medidas equivalentes para proteger os seus interesses.
“Ameaçar com tarifas mais elevadas a cada momento não é a forma correta de lidar com a China”, disse o ministério do Comércio. “A China pede aos EUA para corrigirem as suas práticas incorretas assim que possível”, lê-se no comunicado.
Na sexta-feira, o presidente dos EUA anunciou tarifas de 100% sobre a China e controlos de exportação sobre “todo o software crítico” com início a 1 de novembro, ameaçando cancelar a reunião agendada com o homólogo chinês, Xi Jinping, para o Fórum Ásia-Pacífico.
Nos dias anteriores, a China tomou uma série de medidas, como o aumento de tarifas portuárias sobre os navios norte-americanos, o controlo de exportações de terras raras e outras matérias-primas importantes e restrições à entrada de chips fabricados por empresas como a Nvidia, além de ter aberto uma investigação concorrencial à Qualcomm.
A China esclareceu este domingo que os controlos não são uma proibição das exportações de matérias-primas, e que as candidaturas que cumpram os regulamentos serão aprovadas. Os responsáveis referem ainda que os principais parceiros comerciais foram informados através do mecanismo de diálogo e que acreditam que o impacto das medidas será limitado.
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