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Empresas europeias acusam China de manter yuan desvalorizado para favorecer exportações

Apesar dos excedentes comerciais registados pela China, a moeda continua a desvalorizar.

Empresas europeias acusam China de manter yuan desvalorizado para favorecer exportações
Empresas europeias acusam China de manter yuan desvalorizado para favorecer exportações Nhac Nguyen / Pool - Lusa - EPA
07:33

A Câmara de Comércio da União Europeia na China acusou esta quarta-feira Pequim de manter o yuan artificialmente desvalorizado face ao euro, favorecendo as exportações chinesas e aumentando o risco de retaliação comercial por parte dos parceiros.

Num relatório divulgado, a organização refere que a moeda chinesa desvalorizou 7,5% face ao euro desde o início do ano, atingindo o nível mais baixo no período de uma década, apesar dos sucessivos excedentes comerciais da China, que .

"A subvalorização do renminbi funciona como um subsídio às exportações", afirmou Jens Eskelund, presidente da câmara europeia, advertindo que esta perceção pode facilitar a imposição de tarifas ou investigações 'antidumping' por parte de outros países.

De acordo com economistas citados no relatório, a taxa de câmbio efetiva real da moeda chinesa – ponderada por um cabaz de moedas – caiu 18% desde março de 2022. Esta tendência reflete a fraca procura interna e o excesso de capacidade industrial, que têm mantido os preços sob pressão.

Os dados oficiais divulgados confirmam esta dinâmica, com os preços na produção a recuarem 2,2% em novembro, no 38º mês consecutivo de contração. O índice de preços no consumidor subiu 0,7% – o valor mais elevado desde fevereiro de 2024 –, mas permanece moderado.

Pequim nega qualquer manipulação cambial, sublinhando que segue princípios de mercado. No entanto, o Banco Popular da China continua a exercer um controlo apertado sobre o câmbio.

Apesar do forte desempenho externo, a China tem apostado no reforço da indústria de alta tecnologia em vez de estimular o consumo interno, aprofundando as pressões deflacionárias.

O relatório da câmara europeia surge num momento em que outras associações empresariais estrangeiras alertam para as dificuldades operacionais no mercado chinês, embora algumas empresas estejam a encontrar oportunidades em parcerias com grupos chineses em processo de internacionalização.

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