Paquistão promete retaliação após ataques aéreos indianos
A Índia bombardeou o Paquistão, causando a morte a pelo menos 26 pessoas, numa escalada dramática das tensões entre as duas potências nucleares. Islamabade fala em "ato de guerra" e promete retaliar. O mundo apela à contenção.
Pelo menos 26 pessoas morreram e outras 46 ficaram feridas após bombardeamentos da Índia esta quarta-feira, 7 de maio, em seis pontos do Paquistão, escalando dramaticamente as tensões entre as duas potências nucleares. O Paquistão já prometeu retaliar a este "ato de guerra" e o mundo pede contenção.
Islamabade diz que seis localizações paquistanesas foram atingidas e que nenhuma delas eram zonas militares. Pelo menos 26 civis morreram e 46 ficaram feridos, segundo um porta-voz militar do Paquistão.
Além disso, os dois exércitos trocaram tiros de artilharia ao longo da fronteira disputada na região de Caxemira, algumas horas depois da ofensiva aérea indiana, o que terá provocado oito mortos e 29 feridos na aldeia de Poonch (noroeste).
A Índia defendeu a operação militar como uma resposta direta à inação de Islamabade após um ataque terrorista, há duas semanas, na Caxemira indiana, alegadamente levado a cabo por um grupo com base no Paquistão. Esse ataque, há duas semanas, matou 26 pessoas, sobretudo turistas.
Islamabade classificou os ataques como um "ato flagrante de guerra" e afirmou ter informado o Conselho de Segurança da ONU que o Paquistão se reserva ao direito de responder adequadamente à agressão indiana. O Tenente-General Ahmed Sharif Chaudhry, porta-voz das Forças Armadas do Paquistão, afirmou que o país pode "responder a esta agressão no momento, local e meios à sua escolha".
As companhias aéreas Air France e IndiGo cancelaram já vários voos que passem na fronteira entre os dois países, adianta a Reuters.
Por todo o mundo, já vários líderes, por exemplo, de França, dos Estados Unidos, Japão, Rússia, entre outros, apelaram à contenção entre os dois países.
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