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Pequim questiona medidas protecionistas do México e retalia com investigação

As novas tarifas mexicanas visam proteger a indústria nacional, penalizada pelas tarifas elevadas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, às exportações mexicanas para os Estados Unidos.

Pequim questiona medidas protecionistas do México e inicia investigação
Pequim questiona medidas protecionistas do México e inicia investigação Lintao Zhang / Pool Getty Images via AP
07:24

A China anunciou nesta sexta-feira a abertura de uma investigação para determinar se os planos do México de impor tarifas sobre mais de 1.400 produtos provenientes da Ásia constituem uma barreira ao comércio e ao investimento.

O Ministério do Comércio chinês indicou, em comunicado, que as taxas propostas pelo México – que poderão chegar aos 50% – prejudicam os interesses dos países afetados.

"O Governo chinês considera que, num contexto de abuso tarifário por parte dos Estados Unidos, todos os países devem opor-se conjuntamente a todas as formas de unilateralismo e protecionismo, e não devem sacrificar os interesses de terceiros devido a coerções", lê-se na nota divulgada.

As novas tarifas mexicanas visam proteger a indústria nacional, penalizada pelas tarifas elevadas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, às exportações mexicanas para os Estados Unidos.

O Ministério do Comércio da China anunciou ainda o lançamento de uma investigação 'antidumping' sobre a importação de nozes-pecã oriundas do México e dos Estados Unidos.

O 'dumping' consiste na venda a preço inferior ao custo de produção.

A Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, tem pressionado o México a limitar as importações de produtos chineses, argumentando que algumas dessas mercadorias entram no mercado norte-americano através do território mexicano.

A Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, garantiu, no entanto, que as novas tarifas não resultam de pressões dos Estados Unidos.

A China é o país mais afetado pelas medidas mexicanas, com exportações avaliadas em 130 mil milhões de dólares (cerca de 111 mil milhões de euros) em 2024, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Outras economias impactadas incluem a Coreia do Sul, Tailândia, Índia, Filipinas e Indonésia.

Não é claro se a investigação lançada por Pequim resultará em medidas concretas contra o México.

Segundo a regulação em vigor, a constatação de uma barreira ao comércio pode conduzir a consultas bilaterais, resolução de litígios em fóruns multilaterais ou outras medidas consideradas adequadas.

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