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Novo edifício do Banco de Portugal? “O valor final a Deus pertence”

Mário Centeno explica que o Banco de Portugal tem “milhares de decisões” a tomar em relação aos acabamentos do novo edifício em Entrecampos.

Centeno considera que Banco de Portugal falhou na divulgação de dados
Centeno considera que Banco de Portugal falhou na divulgação de dados Miguel A. Lopes / Lusa
25 de Setembro de 2025 às 18:53

O valor final do novo edifício do Banco de Portugal (BdP) em Entrecampos – incluindo os acabamentos – terá de ser calculado depois de “milhares de decisões” que o supervisor terá de tomar.

“O valor final a Deus pertence”, afirmou Mário Centeno no parlamento. Respondendo aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, o ainda Governador explicou longa e detalhadamente o processo de procura por novas instalações – escritórios, já que a sede continuará na Baixa lisboeta – que já leva décadas de existência.

E afirmou que é impossível calcular o custo final hoje. “Alcatifas e móveis são decisões que serão tomadas”, exemplificou.

Garantindo que dois terços do custo do contrato – cerca de 120 dos 192 milhões de euros acordados com a Fidelidade – serão garantidos por vendas dos imóveis atuais e poupanças em rendas e serviços logísticos -, o antigo ministro das Finanças sublinhou que o contrato assinado com a Fidelidade foi feito com o maior rigor financeiro, protegendo o supervisor de custos adicionais – a não ser que seja por novas exigências do próprio BdP.

Na mesma audição o ainda responsável pelo supervisor admitiu que "o Banco de Portugal falhou momentaneamente quando permitiu que informação sensível fosse divulgada publicamente". Foi assim que Mário Centeno começou por referir-se à polémica em torno da nova sede do supervisor financeiro.

Centeno garantiu que essa é uma situação que o BdP não pode tolerar, em nome dos "elevados padrões éticos do banco que são parte da sua identidade secular". 

"O novo edifício é uma realidade em construção e à vista de todos", reiterou. 

Quando anunciou a assinatura do contrato com a Fidelidade, o Banco de Portugal (BdP) avançou que se tratava de “um investimento de 191,99 milhões de euros, correspondente ao limite inferior das avaliações independentes realizadas”. No entanto, este é o valor do edifício sem acabamentos nem mobiliário. Em julho, o Observador noticiou que somando essas necessidades, o custo total iria situar-se entre 235 e 280 milhões de euros, valores que o Banco de Portugal nunca confirmou.  

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