Tréguas nas tarifas não impedem queda de 34% nas vendas da China para os EUA
As exportações totais chinesas cresceram 5% em maio face a igual mês do ano passado, abaixo dos 6% esperados pelos analistas.
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Apesar da pausa nas tarifas "estratosféricas" impostas pela Administração Trump às importações vindas da China, as vendas do gigante asiático para a maior economia mundial terão caído 34,4% no mês passado, segundo cálculos da Bloomberg. É preciso recuar a fevereiro de 2020, quando eclodiu a pandemia da covid-19 para encontrar um tombo mais acentuado.
As vendas ao exterior da China ascenderam a 316 mil milhões de dólares, mantendo um ritmo de exportações recorde nos primeiros cinco meses do ano.
A forte quebra nas vendas para os EUA anularam parcialmente o crescimento de 11% das vendas chinesas para outros países.
"As perspetivas para o comércio permanecem bastante incertas nesta altura", referiu à Bloomberg Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
Entre os mercados com maior crescimento, o Vietname registou um salto de 22%, para mais de 17 mil milhões de dólares, com Pequim a tentar contornar as tarifas norte-americanas fazendo os seus produtos passarem por países terceiros.
Já as importações chinesas caíram 3,4%, naquele que é o terceiro mês consecutivo de quebra, levando a que o excedente comercial chinês atingisse os 103 mil milhões de dólares.
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