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China rejeita críticas dos EUA e mantém compra de petróleo russo

Pequim sublinha que as relações comerciais com Moscovo são legítimas, numa altura em que Washington reforça a pressão económica sobre aliados e rivais que compram petróleo russo.

petroleo combustiveis
petroleo combustiveis Jeff McIntosh/AP
08 de Agosto de 2025 às 13:39

A China voltou a defender esta sexta-feira as importações de petróleo russo, rejeitando as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar novas tarifas a Pequim. A reação surge dias depois de Washington ter imposto tarifas secundárias à Índia pelas compras de energia a Moscovo.

legítimo e legal que a China conduza uma cooperação económica, comercial e energética normal com todos os países do mundo, incluindo a Rússia", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em comunicado, citado pela Bloomberg. "Continuaremos a adotar medidas razoáveis de segurança energética de acordo com os nossos interesses nacionais", acrescentou.

No início da semana, Trump disse que poderia punir a China com tarifas adicionais devido às suas compras de petróleo à Rússia, alertando que “isso pode acontecer”. Ainda assim, o seu principal conselheiro, Peter Navarro, minimizou a probabilidade de novas taxas sobre as exportações chinesas, reconhecendo que tarifas mais elevadas “podem prejudicar os EUA”.

Também na quinta-feira, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou à Fox News que tarifas sobre a China por causa das compras de petróleo russo “podem estar em cima da mesa em algum momento”.

Segundo os dados mais recentes da alfândega chinesa, as importações de Moscovo aumentaram em julho para 10,06 mil milhões de dólares, o valor mais alto desde março, embora no acumulado do ano ainda estejam 7,7% abaixo face ao mesmo período de 2024.

As relações comerciais entre Washington e Pequim têm estado mais estáveis desde que os dois países acordaram suspender tarifas elevadas enquanto negociam um acordo. Esta trégua expira na próxima terça-feira, dia 12 de agosto, mas Trump afirmou esta semana estar “muito perto” de um entendimento para prolongá-la.

A tensão com a China surge num momento em que Trump também elevou a pressão sobre a Índia. O presidente norte-americano assinou recentemente uma ordem executiva que , medida que entrará em vigor dentro de 21 dias, em retaliação pelas compras de petróleo russo.

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