BCE pode reduzir compra de activos a metade
Um dos cenários que terá estado em cima da mesa da reunião do Banco Central Europeu (BCE) esta quinta-feira, 7 de Setembro, passa pela redução a metade, já a partir do início do ano, do valor aplicado no programa de compra de activos.
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A informação é avançada pela Reuters, depois de publicamente o BCE ter no final da reunião de ontem admitido que o fim progressivo dos estímulos, destinados a devolver liquidez à economia e suportar a subida da inflação, deve vir a ser discutido no encontro de Outubro.
As duas fontes não identificadas citadas pela agência noticiosa dão conta da possibilidade de reduzir a actual meta mensal média de compras de obrigações públicas e privadas dos actuais 60 mil milhões de euros (vigente até Dezembro) para 40 mil milhões ou 20 mil milhões a partir do início de 2018, com opção de estender o programa por seis a nove meses.
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O travão no programa de compras (lançado em 2015 e avaliado em mais de dois biliões de euros) tem sido defendido nomeadamente pela Alemanha, sendo certo – de acordo com as mesmas fontes – que os juros baixos que tanto têm penalizado os aforradores germânicos só voltarão a subir depois de terminado o programa de compra de activos.
Já os limites de compra de activos à chave de capital de cada país no banco central (um terço da dívida de um país), que não foram discutidos na última reunião, deverão sê-lo em Dezembro, numa altura em que se receia que as aquisições em países como a Alemanha poderão alcançar o limite na primeira metade do ano que vem.
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A reunião do Banco Central Europeu desta quinta-feira deixou os juros inalterados na Zona Euro - 0% na taxa de referência e -0,4% na taxa de depósito -, reviu em alta as perspectivas de crescimento para o bloco da moeda única e diminuiu as previsões para a inflação, remetendo para Outubro decisões sobre a possível redução do programa de estímulos.
Em reacção, a moeda única voltou a superar os 1,20 dólares na sessão de ontem e mantém-se esta sexta-feira acima desse valor. Ontem, Mario Draghi, o presidente do BCE, considerou que a apreciação do euro é uma fonte de "incerteza."
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