"Falcão" austríaco volta a insistir na necessidade do BCE subir as taxas de juro em 50 pontos base já em julho

A aceleração da inflação em maio na Zona Euro motivou Robert Holzmann a voltar a insistir na necessidade de aumentar as taxas de juro diretoras em 50 pontos base já em julho. Para já, Christine Lagarde aponta apenas para uma subida de 25 pontos base.
Fábio Carvalho da Silva 01 de Junho de 2022 às 10:39

A aceleração da inflação em maio na Zona Euro motivou Robert Holzmann, governador do Banco da Áustria e membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), a voltar a insistir na necessidade de aumentar as taxas de juro diretoras em 50 pontos base já em julho.

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O membro "falcão" da autoridade monetária justifica esta medida com a necessidade de transmitir ao mercado um sentimento de certeza de como o BCE está determinado em combater a inflação.

 

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Para Robert Holzmann, "um aumento [das taxas de juro diretoras] em 50 pontos base enviaria um sinal claro e necessário [aos agentes do mercado]  de que o BCE leva a sério o combate contra a inflação", defendeu o governador austríaco em reposta a várias questões da Bloomberg, no rescaldo da divulgação da estimativa do Eurostat sobre a inflação da Zona Euro em maio. Há uma semana, Holzmann já tinha defendido esta ideia.

 

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Atualmente e segundo os dados disponibilizados pela Bloomberg, o mercado monetário aponta, em média, para que a instituição aumente as taxas de juro em 35 pontos base, uma ligeira subida face à aposta desta terça-feira mais ainda assim abaixo do pico de 36 pontos base apontados pelo mercado recentemente.

 

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As palavras do "falcão" austríaco surgem depois de esta terça-feira o governador italiano Ignazio Visco ter apelado à necessidade de um aumento das taxas de juro "de forma gradual", de maneira a evitar a "fragmentação" do mercado.

 

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Para já, a intenção da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, e do seu economista-chefe Philp Lane aponta apenas para uma subida das taxas de juro aplicadas aos depósitos de 25 pontos base em julho, tendo Lane reconhecido a possibilidade de um aumento semelhante em setembro.

 

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A taxa de inflação anual na Zona Euro deverá ter acelerado para 8,1% em maio, mais 0,7 décimas do que em abril, quando o índice de preços no consumidor (IPC) da região tocou em 7,4%, segundo a estimativa rápida do Eurostat, divulgada esta terça-feira.

 

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Os analistas consultados pela Bloomberg apontavam para que o IPC se fixasse em 7,8%. O Conselho de Política Monetária do BCE reúne no próximo dia 9 de junho.

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