Secretário do Tesouro dos EUA defende cortes de “150 a 175 pontos” nas taxas de juro

As declarações de Scott Bessent aumentam a pressão sobre Jerome Powell, alinhando-se com Trump no apelo a cortes rápidos nos juros e intensificando o debate sobre a política monetária da Fed.
Bonnie Cash / Lusa-EPA
João Silva Jesus 13 de Agosto de 2025 às 13:44

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, defendeu esta quarta-feira que as taxas de juro norte-americanas estão “demasiado restritivas” e deveriam estar 150 a 175 pontos base abaixo do nível atual. Em entrevista à Bloomberg, Bessent afirmou que a Reserva Federal (Fed) poderá iniciar “uma série de cortes” nos próximos meses, começando já em setembro com uma redução de 50 pontos base.

Há uma forte probabilidade de um corte de 50 pontos base”, disse o responsável, acrescentando que “se olharmos para qualquer modelo [económico] (...) deveriam provavelmente estar 150 ou 175 pontos base mais baixos”. Atualmente, a taxa diretora da Fed está no intervalo de 4,25% a 4,5%, após ter sido mantida inalterada desde o início do ano.

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As declarações surgem num momento em que aumenta a pressão política sobre o presidente da Fed, . Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ponderou publicamente avançar com um devido aos gastos com a nova sede do banco central e renovou críticas à manutenção das taxas. Trump acusou o responsável de estar “sempre atrasado” nas decisões e pediu urgência na descida dos juros, argumentando que o corte deveria acontecer de imediato.

A próxima reunião da Fed está marcada para setembro e os mercados aguardam com expectativa se a pressão combinada da Casa Branca e de membros do próprio Governo, como Bessent, resultará numa mudança mais agressiva na política monetária norte-americana.

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