Arranca julgamento por corrupção da ex-presidente da Coreia do Sul
Park Geun-hye (na foto) chegou ao Tribunal do Distrito de Seul pouco depois das 09:00 (01:00 em Lisboa) desta terça-feira, 23 de Maio, escoltada por um grupo de guardas, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
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Trata-se da primeira vez que Park aparece em público desde que foi colocada em prisão preventiva a 31 de Março.
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A antiga Presidente da Coreia do Sul, que responde por 18 acusações, incluindo corrupção, abuso de poder, extorsão e revelação de segredos de Estado, enfrenta uma pena que pode ir de 10 anos a prisão perpétua caso seja condenada.
Park vai ser julgada por um colectivo de três juízes, incluindo Kim Se-yun, que é também o magistrado responsável pelo caso "Rasputina", como é conhecida Choi Soon-sil, a amiga de longa data de Park e figura central do escândalo de corrupção e tráfico de influências que levou à destituição da antiga Presidente.
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Nas duas sessões preparatórias prévias ao julgamento, às quais Park optou por não assistir, os seus advogados negaram todas as acusações que lhe são imputadas.
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O Ministério Público considerou provado que Park criou com "Rasputina" uma rede através da qual pediu e obteve subornos de pelo menos três empresas - Samsung, Lotte e SK - no valor de cerca de 59.200 milhões de won (cerca de 48 milhões de euros).
Park, que chegou algemada e evitou o contacto visual à chegada ao tribunal, perdeu a imunidade a 10 de Março, após o Tribunal Constitucional ratificar a destituição, aprovada pelo parlamento, controlado pela oposição, em Dezembro último.
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Foi a primeira chefe de Estado a ser destituída desde que a Coreia do Sul voltou a realizar eleições democráticas, o que, por conseguinte, levou à convocatória de presidenciais antecipadas também pela primeira vez desde 1987.
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Park, de 65 anos, que foi a primeira mulher a assumir a presidência na Coreia do Sul, é a terceira antiga chefe de Estado a ser julgada por corrupção depois de Chun Doo-Hwan e Roh Tae-Woo, condenados na década de 1990.
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