Caso Robles tira votos ao Bloco de Esquerda. PSD dá trambolhão

As intenções de voto no Bloco de Esquerda caíram para 7,8%, depois de o verão ter ficado marcado pelo caso Robles. Esta queda não é única nesta rentrée: também o PSD perde votos. CDS dispara e passa a terceira força política.
Lusa
Susana Paula 06 de Setembro de 2018 às 07:15

O partido liderado por Catarina Martins sofreu uma queda significa nas intenções de voto nas eleições legislativas, caindo quase dois pontos para 7,8%, revela o barómetro político da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã.

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A queda do BE acontece depois do caso Robles, que marcou este Verão. O Jornal Económico revelou que o vereador – crítico da especulação imobiliária e da pressão do alojamento local sobre a habitação em Lisboa (bandeiras do partido) – era proprietário de um imóvel que tinha tido uma enorme valorização e que estava a ser "vendido" como um bom investimento para alojamento local. Ricardo Robles acabou por se demitir e o partido acabou por reconhecer o seu erro pela forma como tinha gerido o processo. Porém, a avaliar pelos números da Aximage, isso não terá sido suficiente para evitar uma forte penalização do eleitorado.

Caso Robles tira votos ao Bloco de Esquerda. PSD dá trambolhão
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A queda do BE não é a única a marcar a rentrée. Segundo a sondagem da Aximage, o PSD também cai de forma abrupta nas intenções de voto, passando de 27,2% em Julho para 24,1% em Setembro. Esta descida acontece depois de críticas à liderança de Rui Rio nos meses de verão, mas também depois de Pedro Santana Lopes (que disputou a liderança com Rio) ter anunciado a criação de um novo partido.

Ao mesmo tempo que as intenções de voto no PSD descem, sobem as preferências dos votantes no CDS. Em Setembro, 9,2% dos votantes inquiridos pela Aximage dariam o seu voto legislativo ao partido de Assunção Cristas. Além disso, o CDS consegue ultrapassar o BE e passa a ser o terceiro partido com assento parlamentar com mais intenções de voto em Setembro. A Aximage regista ainda uma subida da votação nos outros partidos, o que poderá ser um reflexo do novo partido de Santana. 

O PS consegue reforçar as intenções de voto para 39,9%. Este valor é superior ao registado no último Barómetro político da Aximage (39%), mas ainda fica aquém dos 43% registados há um ano e longe da maioria absoluta. A CDU (coligação que junta PCP e Verdes) mantém-se relativamente inalterada. 

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