PS é “essencial para a recuperação” de Portugal
Cavaco Silva voltou esta terça-feira a apelar aos partidos políticos para se entenderem sobre “aspectos fundamentais” do futuro de Portugal, considerando que o Partido Socialista é “essencial para a recuperação” do país e que nestas conversações a Irlanda deve servir de exemplo.
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“Em Maio de 2011 foi possível um entendimento entre três forças políticas para fechar o acordo” com os credores. “Se então foi possível, acredito que agora também será possível um diálogo entre as forças políticas em relação a aspectos fundamentais para o nosso futuro”, entre eles assegurar uma “trajectória de sustentabilidade da dívida pública”, disse o Presidente da República, em declarações transmitidas pela SIC Notícias, depois da visita a dois navios da Armada e a Escola de Tecnologias Navais, para assistir ao Exercício Distex.
Cavaco Silva acredita que os partidos políticos “em geral” estão “empenhados para que
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Portugal sai bem deste processo iniciado em Maio de 2011 e que precisa de ser completado em Junho do próximo ano com relativo sucesso”.
No que diz respeito ao Partido Socialista, o Presidente da República considerou que o “principal partido da oposição é essencial para a recuperação do nosso país”, reforçou. “Devemos ter em atenção o contributo que o principal partido da oposição, que está associado a este memorando de entendimento, também pode dar”, disse.
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Lembrado pelos jornalistas que o líder do PS, António José Seguro, tem afirmado que se Portugal precisar de um programa cautelar quando a troika sair de Portugal, tal representa um fracasso para o Governo, Cavaco Silva ressalvou que “ainda estamos a sete ou oito meses” do fim do período do programa de ajustamento, pelo que o “assunto não está em cima da mesa” nesta altura.
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Irlanda é o exemplo e eleições não são alternativa de um país normal
Contudo, deixou um recado aos políticos portugueses, fazendo o paralelismo com a situação da Irlanda, que está em negociações com os credores para abandonar o programa de ajustamento. “Aconselho a que se olhe ao comportamento de todos os agentes políticos na Irlanda”, afirmou Cavaco Silva.
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Sobre a forma como Portugal conseguirá sair do programa de ajustamento, o Presidente da República deixou ainda outro alerta. “Normalmente não se consegue” um bom resultado “negociando na praça pública”.
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"Aconselhava que se observasse aquilo que a Irlanda está a fazer, sem excessos de excitação, com tranquilidade e serenidade, quando falta pouco mais de um mês para terminar o programa da Irlanda nós devemos observar aquilo que está a ser feito lá", afirmou o Presidente.
Questionado pelos jornalistas se a convocação de eleições legislativas antecipadas poderia ser uma solução num acordo entre os partidos da maioria e do PS, Cavaco Silva descartou esse cenário.
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“É bom que Portugal na Europa seja” olhado como “um país normal. O normal na Europa que nós fazemos parte é os mandatos serem cumpridos até ao fim. Não queiramos ser um país anormal. Caso contrário, na Europa e nos mercados olham para nos e dizem que o pais é ingovernável” e “não é isso que queremos”, assinalou. Contrariando esta ideia, Cavaco Silva diz estar convencido que “Portugal é um país governável”.
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Na sequência da crise política deste Verão, o Presidente da República lançou um apelo ao PS, PSD e CDS para celebrarem um acordo de "salvação nacional" de curto e de longo prazos, admitindo eleições antecipadas no final do programa de ajuda externa em Junho de 2014.
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