Comemorações do 25 de novembro vão ter comissão “apartidária” e estender-se até maio de 2026
O Governo aprovou nesta quinta-feira a criação de uma comissão que organizará as comemorações do 50.º aniversário do 25 de novembro e que, diz, irá assegurar "diversidade, natureza apartidária e transversal" às celebrações que têm dividido esquerda e direita, até aqui, nomeadamente quanto ao papel do Partido Comunista Português ou quanto ao simbolismo de colocar estas comemorações no mesmo plano que as do 25 de abril.
De acordo com o ministro da Defesa, Nuno Melo, que terá a tutela das comemorações, a comissão será composta por nove elementos. Entre estes, um presidente, escolhido pelo Ministério da Defesa, outros três membros designados pelo Presidente da Assembleia da República após ouvidos os grupos parlamentares, um outro escolhido pelo Ministério da Cultura, além de integrar o diretor-geral de política da Defesa Nacional, o presidente da Comissão Portuguesa de História Militar, o representante da Sociedade Histórica da Independência Nacional e um representante da Associação de Comandos.
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Segundo Nuno Melo, ainda não há um convite feito para a presidência da comissão.
"Nesta composição, queremos que seja uma marca dos trabalhos essa transversalidade e natureza apartidária - ou, pelo menos, de uma grande diversidade", defendeu Nuno Melo, em conferência de imprensa que aprovou a resolução para as comemorações e constituição da comissão que por estas ficará responsável. Os trabalhos, indicou, terão início e em novembro e prosseguirão até maio do proximo ano, visando abarcar também a comemoração dos 50 anos da Constituição da República Portuguesa de 1976 e das primeiras eleições livres para escolha do Governo português, em 25 de abril de 1976.
Na apresentação da medida, o ministro da Defesa fez questão de dizer que o 25 de abril é a "data maior" da democracia portuguesa e indicou que as comemorações terão como objetivo destacar o papel das Forças Armadas, lembrando os nomes de Ramalho Eanes e Jaime Neves, e dos partidos, designando PS, PSD e CDS e os nomes de Mário Soares, Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa.
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