Costa: não há divergência com o ministro Centeno, só com o presidente Centeno
O primeiro-ministro reagiu esta manhã à notícia do semanário Expresso sobre alegadas divergências entre si e Mário Centeno sobre o Orçamento da Zona Euro. Em pleno Conselho de Ministros sobre o Orçamento do Estado português para 2020, António Costa escreveu na rede social Twitter que não há "não há qualquer divergência entre mim e o MEF [ministro do Estado e das Finanças] Mário Centeno. A criação de um orçamento da zona euro é essencial e tem mobilizado ativamente o Governo português. Foi dado um passo importante em outubro com a aprovação de uma proposta no Eurogrupo, que pode e deve ser agora melhorada no CE [Conselho Europeu]." Noutra mensagem logo a seguir acrescentou: "Ontem, Mário Centeno, como lhe compete, apresentou a proposta do Eurogrupo e eu, como me compete, expressei a já conhecida posição nacional. Os trabalhos prosseguirão para termos o orçamento que a zona euro precisa." Ou seja, o primeiro-ministro procurou assim esclarecer que as suas divergências são com o Eurogrupo que é presidido por Mário Centeno, que, por força dessas funções, tem de defender a posição maioritária do grupo de ministros da Zona Euro. Estas declarações sugerem, por isso, que o presidente Centeno terá defendido uma posição com a qual o ministro Centeno não concorda.
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Na sexta-feira, em Bruxelas, o primeiro-ministro tinha admitido divergências com Centeno, que é também presidente do Eurogrupo, sobre o orçamento da zona euro, devido à "fórmula mal desenhada" deste instrumento, mas afastou "constrangimentos", lembra a agência Lusa. "Não há nenhum constrangimento entre o primeiro-ministro de Portugal e o presidente do Eurogrupo, visto que ao primeiro-ministro de Portugal compete representar os portugueses e os seus interesses e ao presidente do Eurogrupo compete representar a vontade geral do Eurogrupo", declarou António Costa, falando aos jornalistas no final de uma cimeira do euro, em Bruxelas, na qual foi discutido o instrumento orçamental para a convergência e competitividade da zona euro (BICC, na sigla inglesa). Negando mal-estar com Centeno, Costa realçou que "não é a primeira vez que entre Portugal e o Eurogrupo não existe uma posição conjunta", cita a Lusa.
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