Direcções do PSD e CDS aprovam coligação às legislativas
As direcções do PSD e do CDS deram o seu aval a uma coligação pré-eleitoral entre os dois partidos para disputar as eleições legislativas. Marco António Costa sustentou que a coligação só avançou depois da aprovação do Programa Nacional de Reformas e do Programa de Estabilidade, porque era essencial "apresentar uma estratégia de futuro". Pelo CDS, Nuno Melo disse que a aliança, aprovada por unanimidade pela direcção dos centristas, se justifica pelo "interesse de Portugal".
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Os dois dirigentes sublinharam que, num cenário muito difícil para a governação, a actual maioria que suporta o Governo conseguiu recuperar o país, e tem agora uma estratégia que, ao contrário da do PS, é "viável".
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A coligação ainda não tem nome: "haverá oportunidade para se apresentar o nome", explicou Marco António Costa. Mas o essencial é "a substância", que está assente nos dois documentos enviados para Bruxelas e na "concretização de um acordo político para garantir a estabilidade fundamental de que o país precisa para levar por diante o trabalho que tem de executar" para "consolidar uma etapa de desenvolvimento" iniciada em 2013, resumiu o porta-voz do PSD.
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Nuno Melo sublinhou que os eleitores do PSD e CDS "não compreenderiam que a coligação não fosse concretizada", devido ao trabalho de recuperação do país entretanto empreendido. Por outro lado, "outra razão boa para aprovar a coligação é porque o plano económico e fiscal é um plano bom e viável. O que n se diga do plano do PS, que não é plano bom nem viável, porque volta a implicar um défice que dispara e um descontrolo na dívida". O referido plano económico e fiscal consta, precisamente, dos dois programas enviados a Bruxelas.
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Segundo Marco António Costa, ambos os documentos representam "uma perspectiva de um futuro com crescimento económico, com menos desemprego, como ainda hoje o INE anunciou". "É um futuro em que há uma recuperação gradual, sustentada e responsável dos rendimentos por parte dos portugueses", além de garantir "uma política estável do ponto de vista fiscal no apoio ao investimento privado, indispensável para a criação de emprego", resumiu o porta-voz.
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Só faltam os conselheiros para coligação arrancar
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A coligação foi submetida aos Conselhos Nacionais de ambos os partidos, que estão reunidos neste momento (as reuniões devem prolongar-se até de madrugada). "A proposta que vai ser apresentada ao Conselho Nacional detalha os princípios gerais assinados pelos dois líderes", no passado sábado, 25 de Abril, pormenorizou Marco António Costa. "Transforma a declaração de princípio que foi assinada por Paulo Portas e Pedro Passos Coelho num conjunto de artigos num articulado mais concreto que identifica, com grande clareza, o que é fundamental numa coligação", acrescentou ainda.
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Nuno Melo mostrou-se convencido que, ainda que possa haver eventuais vozes dissonantes na reunião do Conselho Nacional centrista, a proposta de coligação será aprovada por uma "maioria consolidada". O eurodeputado deixou a garantia que o "partido está mobilizado e podem acreditar todos que esta coligação é feita de convicção". "Estamos mobilizados para dar a Portugal um Governo estável e maioritário", afirmou ainda.
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Marco António Costa também deu nota positiva às relações entre os dois partidos. "Existe um ambiente de confiança mútua muito elevado entre os dois partidos, que resulta de quatro anos a governar e de muita confiança no resultado" que se prevê para as eleições legislativas.
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Depois de aprovada pelos conselheiros nacionais, será altura de "dar seguimento aos trabalhos necessários" à construção da coligação e à preparação das legislativas.
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