Esquerda critica programa de Governo "vago" e "sem metas"

PCP e Bloco de Esquerda voltaram a estar em sintonia na análise a um programa de Governo que consideram incompleto por ser "vago", "sem metas" e não ter objetivos definidos para a legislatura. Catarina Martins fez questão de recordar que, sem maioria absoluta, "a concretização do programa depende de negociação".
Jerónimo de Sousa, PCP
João Miguel Rodrigues
David Santiago 31 de Outubro de 2019 às 11:26

No encerramento da discussão do programa de Governo realizado esta quinta-feira, no Parlamento, comunistas e bloquistas deixaram críticas ao conteúdo "vago" e "sem metas", lembrando o Executivo socialista que, sem maioria absoluta, terá de negociar para o concretizar, caso contrário terá a oposição destes partidos.

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Jerónimo de Sousa defendeu que no programa de Governo do PS "não se vê cabal resposta aos problemas de fundo do país", sendo este "suficientemente vago e de formulação redonda e abrangente para não se comprometer em concreto em muitas das áreas".

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Criticando os constrangimentos impostos por Bruxelas, o secretário-geral do PCP sublinhou que os comunistas "desenvolverão a sua ação, iniciativa e proposta" com base no seu próprio programa, havendo disponibilidade para todas as medidas e políticas "que correspondam a direitos e aspirações dos trabalhadores e do povo".

Já "todas e quaisquer medidas contrárias aos seus interesses" contarão com a "firme oposição" dos comunistas, avisou Jerónimo.

A coordenadora do Bloco de Esquerda não destoou. Catarina Martins frisou que sem maioria absoluta, "a concretização do programa de Governo depende de negociação".

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Negociação essa para a qual os bloquistas estão disponíveis. Contudo, Catarina Martins deixou uma exigência: "O Governo tem a responsabilidade de assumir e esclarecer as suas metas para a legislatura".

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