Ex-conselheiro de Trump recusa entregar documentos pedidos pelo Senado

Michael Flynn, ex-conselheiro para a segurança nacional do Presidente norte-americano, recusou entregar ao Senado documentos exigidos no âmbito da investigação à alegada interferência russa nas eleições presidenciais ganhas por Donald Trump em 2016.
reuters
Negócios com Lusa 22 de Maio de 2017 às 22:24

Numa carta dirigida à comissão encarregada da investigação, os advogados de Michael Flynn (na foto) invocam a 5.ª emenda da Constituição dos Estados Unidos, que confere aos cidadãos o direito de não responderem quando as respostas os possam incriminar.

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Os representantes de Flynn afirmam que há uma "crescente histeria pública" contra o ex-conselheiro, general aposentado do Exército norte-americano, mas garantem que a recusa não significa uma admissão de culpa.

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"O contexto no qual a comissão pede ao general Flynn que apresente os documentos torna claro que deve estar apreensivo em relação ao seu testemunho poder ser usado contra si", lê-se numa carta revelada pela Associated Press.

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Donald Trump nomeou Flynn como seu principal conselheiro para a segurança nacional em Janeiro passado mas acabou por aceitar a sua demissão ao fim de menos de um mês.

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Especialistas ouvidos pela Associated Press consideraram que Flynn só entregará alguma coisa quando tiver garantia de imunidade. Donald Trump apoia essa imunidade, declarando que Flynn enfrenta uma "caça às bruxas".

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A 20 de Fevereiro Trump nomeou o tenente-general H. R. McMaster seu novo assessor de Segurança Nacional, depois da renúncia de Michael Flynn devido aos contactos com russos sobre as sanções a Moscovo.

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O tenente-general reformado Flnyn tinha apresentado a sua demissão a 13 de Fevereiro. A polémica em torno de Flynn surgiu quando, uns dias antes, o The Washington Post noticiou que o conselheiro de Trump tinha falado – durante contactos telefónicos com representantes russos, nomeadamente o embaixador russo nos EUA, Serguei Kislyak – sobre as sanções impostas pelos EUA à Rússia na sequência da anexação unilateral da Crimeia pela Rússia em 2014.

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Flynn começou por negar esses factos, sendo depois acusado de mentir quando admitiu que o tema das sanções poderia ter surgido durante os telefonemas – alguns dos quais feitos ainda durante a campanha de Trump para as eleições presidenciais de 8 de Novembro de 2016.

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Por esse facto, Flynn pediu desculpas ao vice-presidente Mike Pence [que o tinha defendido em várias ocasiões a respeito desta polémica], reconhecendo que lhe tinha fornecido "informação incompleta" sobre essas conversas. O tenente-general achou então, por bem, apresentar a sua demissão, que foi aceite por Trump.

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