Marcelo indigita Luís Montenegro como primeiro-ministro
Sem surpresas, o Presidente da República indigitou esta quinta-feira o social-democrata Luís Montenegro como primeiro-ministro, na sequência das eleições legislativas de dia 18. A decisão acontece depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter assegurado que há "viabilização parlamentar do novo Executivo".
"O Presidente da República indigitou hoje [quinta-feira] o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-Ministro do XXV Governo Constitucional. A nomeação e posse do Governo ocorrerão após a publicação dos resultados definitivos das eleições e a reunião constitutiva da nova legislatura da Assembleia da República", lê-se numa nota publicada no site da Presidência.
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Recorde-se que a Aliança Democrática (AD) – coligação entre o PSD e CDS – venceu as eleições legislativas, com dos 31,2% votos e 88 deputados eleitos. Longe de ter maioria no Parlamento, o novo Governo de Luís Montenegro terá assim de negociar com o Chega ou o PS para garantir a viabilização do seu Programa de Governo.
Antes da indigitação de Luís Montenegro, o Presidente da República ouviu os três partidos mais votados nas eleições legislativas (PSD, Chega e PS), após terem sido conhecidos os resultados pelos círculos da emigração. Esses resultados vieram desfazer o empate que se verificava entre o PS e o Chega – que tinham, até então, 58 votos cada –, ao darem mais dois assentos parlamentares à AD e outros dois ao Chega.
Em Belém, tanto o Chega como o PS garantiram ao Presidente da República que vão viabilizar o Governo de Luís Montenegro, deixando cair a moção de rejeição ao Programa do Governo que deverá ser apresentada pelo PCP e discutida na Assembleia da República.
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"Não permitiremos que soluções irresponsáveis e irrealistas criem uma nova crise política, num momento em que os portugueses querem estabilidade", referiu o presidente do Chega, André Ventura, à saída do Palácio de Belém.
No mesmo sentido, o presidente do PS, Carlos César, garantiu que o partido "não irá colaborar com qualquer iniciativa que obste à viabilização do Governo que decorre das eleições" e que, por isso, não irá votar favoravelmente a moção de rejeição do PCP. "O nosso entendimento é de que a vontade popular deve ser respeitada", disse.
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