Marcelo recebe Passos esta segunda-feira

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe esta segunda-feira, dia 4 de Abril, ao final da tarde, em audiência, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que foi reeleito líder do partido.
palacio belem marcelo visita presidente
Bruno Simão
Lusa 03 de Abril de 2016 às 19:15

Na eleição dos órgãos nacionais, no 36.º Congresso do PSD, realizado em Espinho, Passos Coelho conseguiu 33 dos 70 lugares do Conselho Nacional, quase o dobro dos 18 lugares que tinha elegido há dois anos, e depois de ter integrado na sua lista elementos das estruturas autónomas da JSD e TSD.

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Mas se na eleição para o 'parlamento do partido' os resultados foram melhores do que os de há dois anos, na eleição da Comissão Política Nacional - que tem como principal novidade a passagem da ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque de militante de base a vice-presidente - Passos Coelho registou o pior resultado de sempre desde que é líder: 79,8% dos votos, com um quinto dos votantes a não sufragarem a direcção do líder.

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A subida de Maria Luís Albuquerque à direcção foi justificada por duas vezes por Passos Coelho pelas suas qualidades "notáveis" como ministra, mas outras figuras do partido reagiram sem tanto entusiasmo: Paulo Rangel considerou a escolha "previsível", Pedro Duarte disse que teria optado por "uma lógica de renovação" e José Eduardo Martins remeteu para o presidente a responsabilidade pela direcção.

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O novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mereceu uma referência no discurso de abertura de Pedro Passos Coelho, que enviou um abraço ao ex-líder social-democrata e defendeu que o chefe de Estado não deve ser instrumentalizado pelos partidos.

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Foi Pedro Santana Lopes quem homenageou no seu discurso o antigo Presidente da República e também ex-líder do PSD, Aníbal Cavaco Silva - que mereceu um aplauso de pé por parte dos congressistas -, e notou que, pela primeira vez na história, há um 'empate' de "2-2" entre chefes de Estado oriundos do PS [Mário Soares e Jorge Sampaio] e do PSD [Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa].

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"Um dia haverá quem desempatará", vaticinou.

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