Marques Mendes: "O PSD ficar em terceiro lugar em Lisboa é um certo choque"
Luís Marques Mendes considera que, com a escolha de Teresa Leal Coelho como candidata dos social-democratas à Câmara de Lisboa, Fernando Medina tem a eleição ganha e só resta saber quem fica em segundo lugar: Leal Coelho ou a candidata centrista, Assunção Cristas.
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"Fernando Medina já está eleito. Só falta saber se é com maioria absoluta. (…) Se as coisas correrem mal [para o PSD], a responsabilidade é do líder," afirmou na sua intervenção na noite deste domingo, 19 de Março. "O PSD ficar em terceiro lugar em Lisboa é um certo choque", acrescentou.
Marques Mendes considera que a gestão política do processo foi "mais ou menos desastrosa" e que Passos não surpreendeu, tendo de recorrer de forma "quase solitária" a uma pessoa próxima do seu círculo político, vista como uma "solução de recurso."O comentador televisivo referiu-se ainda ao impacto da entrevista de Assunção Cristas ao Público, que, defende, mostrou que PSD e CDS estão de "costas voltadas", com os dois partidos a assumirem estratégias diferentes numa altura em que o PSD "está fraco" e com Assunção Cristas a querer "crescer e minar o eleitorado do PSD", e "autonomizar-se".
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O antigo líder do PSD diz que é altamente provável que PSD e CDS não repitam a coligação em 2019, nas legislativas, porque o CDS e o PSD "não vão em listas conjuntas" e os centristas querem ficar com "mãos livres" para poder ser oposição ou ser poder "fazer uma coligaçãozinha" como o PS, caso os socialistas não tenham maioria absoluta. Uma estratégia que enfraquece o PSD e reforça António Costa, defende.Durante o seu comentário, disse ainda que a prorrogação de prazo para a Operação Marquês é "compreensível" e que é legal, apesar de não ser" ideal", e que não havia alternativa. "Numa investigação deste melindre, se ficasse no ar
"Esta investigação é talvez a mais especial do ponto de vista de complexidade. É um caso especialíssimo," acrescentou. Mendes disseainda que "se a investigação não tiver solidez, é um fiasco enorme da justiça, do estado de direito, as pessoas passam a descrer à séria da Justiça" e questionou também a adequabilidade dos megaprocessos e o pouco tempo dado à defesa dos para requerer instrução ou apresentar contestação. Marques Mendes referiu ainda que o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, já tem escritas cerca de 600 páginas do livro sobre a queda do universo Espírito Santo, denominado "Dias do Fim", e que entre os "alvos" do antigo CEO estarão Passos Coelho, a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, acrescentou.
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