Michael Moore lança TrumpiLeaks para quem queira denunciar Trump

O cineasta e activista contra as alterações climáticas Michael Moore criou uma página na internet que apela aos norte-americanos para denunciarem práticas irregulares da Administração Trump.
Michael Moore
Reuters
Carla Pedro 08 de Junho de 2017 às 19:40

Chama-se TrumpiLeaks e é uma página web criada pelo cineasta norte-americano Michael Moore (na foto). A intenção é que os "americanos patriotas no governo, agentes da lei ou do sector privado com conhecimento de crimes, brechas na confiança pública e má conduta por parte de Donald J. Trump e sua equipa" denunciem esses actos, refere o The Guardian.

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Este portal de denúncias, lançado na terça-feira 6 de Junho no website pessoal de Moore, surge numa altura em que o presidente dos EUA tem estado debaixo de fogo devido a alegadas ligações irregulares da sua Administração com os russos.

 

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Esta semana foi noticiado o despedimento de uma funcionária de 25 anos, Reality L. Winner, por ter passado ao The Intercept informação classificada de um serviço de informações sobre um eventual envolvimento de espiões russos nas presidenciais norte-americanas do passado dia 8 de Novembro.

 

Além disso, James Comey, ex-director do FBI que foi demitido por Trump, revelou que o seu afastamento estará relacionado com o facto de não ter acedido a interromper as investigações sobre as ligações desta Administração aos russos e sobre o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn.

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Numa carta aberta publicada na sua página pessoal e no Huffington Post, Moore diz que as denúncias [whistleblowing] são uma coisa tão antiga quanto a própria república, bem como os esforços das instituições poderosas no sentido de suprimir informação que as possa prejudicar.

 

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Na página que agora criou, Moore explica que o objective é proteger os Estados Unidos, já que considera Trump um tirano. E sublinha que será garantido o anonimato a quem partilhe qualquer conteúdo.

 

No entanto, disse estar ciente dos riscos. "Sei que isto é arriscado. Sei que podemos vir a ter problemas. Mas há demasiada coisa em jogo para se estar a jogar pelo seguro", escreveu.

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Com 63 anos, Michael Moore frisou, citado pela Reuters, que apesar de a comunicação digital não ser 100% segura, ele e a sua equipa recorreram à tecnologia mais segura possível para protegerem o anonimato de quem fizer denúncias.

 

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Moore, que realizou documentários como "Bowling for Columbine" e "Fahrenheit 9/11," está a trabalhar num novo projecto, desta vez sobre Trump, intitulado "Fahrenheit 11/9" em referência ao dia em que foi eleito presidente, salienta a Variety.

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