Aguiar Branco reeleito para a presidência do Parlamento

José Pedro Aguiar Branco mantem-se como presidente da Assembleia da República. O nome indicado pelo PSD foi eleito à primeira volta, com 202 votos a favor.
Filomena Lança e Lusa 03 de Junho de 2025 às 16:06

José Pedro Aguiar Branco foi eleito esta terça-feira para presidente da Assembleia da República, com 202 votos a favor, 25 brancos e 3 nulos. Aguiar Branco precisava de pelo menos 116 votos, uma maioria simples de deputados, para conseguir ser eleito à primeira volta. 

A eleição foi o ponto alto dos trabalhos na primeira sessão plenária da Assembleia da República depois das eleições de 18 de maio. Os 230 deputados procederam ao habitual juramento e a tomaram posse oficialmente. A manhã foi de acolhimento dos deputados estreantes - 44, entre os vários partidos - marcada para a biblioteca do Parlamento. 

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A tarde arrancou com a leitura do relatório da Comissão de Verificação de Poderes dos Deputados Eleitos e votação do parecer. Chamados um a um, os 230 deputados procederam ao juramento habitual de início de funções e, em simultâneo, colocaram na urna o seu voto para a eleição da mesa do Parlamento, constituída pelo presidente - a segunda figura da hierarquia do Estado Português -, por vice-presidentes, secretários e vice-secretário.

O grupo parlamentar do PSD indicou ontem que pretendia propor o nome de José Pedro Aguiar Branco para a presidência logo à partida já não se esperavam entraves à escolha, ao contrário do que sucedeu há um ano, quando foi preciso chegar a um acordo com o PS.

Do lado do PS, Marcos Perestrello será de novo o nome indicado para vice-presidente da Assembleia da República. A escolha foi comunicada por Carlos César, presidente do partido, durante a reunião do grupo parlamentar que decorreu de manhã, indica a Lusa.  Marcos Perestrello, recorde-se, assumiu já estas funções na última legislatura e foi, nas últimas legislativas, cabeça de lista do PS por Santarém. Pedro Delgado Alves será o líder parlamentar interino até às diretas do partido. 

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O Chega, por seu turno, indica o nome de Diogo Pacheco de Amorim e já avançou que não proporá nenhum nome alternativo ao de Aguiar Branco. 

Nesta XVII Legislatura, que resultou das eleições de 18 de maio passado, dos 230 deputados, o PSD tem agora 89 e o CDS-PP (o parceiro dos sociais-democratas na coligação AD) dois.

O Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, mais dois do que os 58 eleitos pelo PS, que teve mais votos. A IL manteve-se o quarto maior partido no parlamento, com nove deputados, seguindo-se o Livre, com seis, o PCP, com três, e o BE, o PAN e o JPP, com um cada.

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Na nova configuração do parlamento, da direita para a esquerda, o Chega terá cinco lugares na primeira fila do hemiciclo, o CDS um, a Iniciativa Liberal dois, o PSD oito, o PS cinco, o Livre dois e o PCP um. Os deputados únicos do PAN, JPP (Juntos Pelo Povo) e BE vão sentar-se em lugares da segunda fila.

Da direita para a esquerda, em termos de bancadas, vão sentar-se Chega, CDS, Iniciativa Liberal, PSD, PS, PAN, JPP, Livre, PCP e Bloco de Esquerda.

Apesar de haver um entendimento maioritário em relação à distribuição de lugares no hemiciclo, a questão só ficará fechada numa nova reunião da conferência de líderes, na quarta-feira. Uma reunião em que também se procurará um consenso (ainda distante) em matéria de distribuição de espaços de trabalho pelos diferentes grupos parlamentares no edifício da Assembleia da República.

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(notícia atualizada às 16:50 com resultado da votação para a presidência do Parlamento)

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