Passos espera que Governo não fique alheado dos indicadores económicos
Para o líder do PSD e ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, a revisão em baixa das perspectivas de crescimento feita esta quarta-feira, 1 de Junho, pela OCDE para as economias de Portugal e da Zona Euro "não são projecções simpáticas". E, no caso português, resultam daquelas que vêm sendo as políticas do Governo liderado por António Costa, garantiu esta manhã Passos Coelho em declarações feitas à margem de uma visita à creche da Cruz Vermelha, na Póvoa de Santo Adrião.
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Para Portugal, a OCDE antecipa agora um crescimento do PIB de 1,2% em 2016, menos do que os anteriormente estimados 1,6% e bastante aquém dos 1,8% que o Governo mantém como objectivo. Sobre esta revisão em baixa, que se junta a outras que vêm sendo conhecidas, Passos Coelho diz que "gostaríamos que da parte do Governo pudesse haver alguma correcção e não alheamento a estes indicadores".
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Pelo seu lado, o primeiro-ministro já reagiu aos dados hoje divulgados pela OCDE, lembrando a importância de se não cair em amarguras quando as previsões são revistas em baixa. António Costa considera que "as previsões uns dias são melhores, uns dias são piores".
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Mas para Passos Coelho esta é uma realidade decorrente das apostas que vêm sendo feitas pelo Executivo porque "a chamada procura interna, o crescimento sustentado no consumo interno, é uma arma muito limitada". "Não está assente numa recuperação sustentada dos rendimentos", aponta Passos que sustenta que sem mais exportações e mais investimento, o aumento da procura interna acaba sempre por gerar desequilíbrio externo.
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Além de que para o líder social-democrata este Executivo tem-se limitado a reverter as reformas feitas pelo anterior Governo. "Nós fizemos várias reformas importantes para o país e que estão todas a ser revertidas", lamentou Passos Coelho.
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Questionado sobre as declarações feitas pelo Presidente da República, em que Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a necessidade de consensos em matérias importantes como é o caso da Segurança Social, Passos Coelho respondeu que "infelizmente" não tem sido possível chegar a consensos, mas refutou quaisquer responsabilidades imputando culpas à maioria parlamentar que suporta o actual Executivo.
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O presidente do PSD aproveitou também a ocasião para criticar a posição da equipa de António Costa na questão dos contratos de associação com os colégios privados, acusando o Executivo de querer fazer uma regressão que vai contra o consenso constitucional de 1982.
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Passos Coelho lamenta que que o Governo queira "concentrar toda a sua política pública onde haja funcionários do Estado" e avisa para a intenção do Bloco de Esquerda que garante pretender algo de "muito parecido na Saúde".
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