Reacções políticas à detenção de Ricardo Salgado
Somam-se as reacções à detenção para interrogatório do ex-líder do BES, Ricardo Salgado. Pacheco Pereira propunha na SIC Notícias que, tendo em conta tudo aquilo que Ricardo Salgado saberá, se optasse agora por esclarecer muitas das questões que marcaram a vida nacional, como por exemplo o financiamento partidário.
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"Era interessante saber alguma coisa sobre os financiamentos aos partidos políticos" e "era também interessante que se soubesse qual é essa dimensão porque isso também poderia explicar muita coisa sobre a facilidade com que Ricardo Salgado acedia ao poder político, a fazer governos e a derrubar governos, a fazer políticos e a derrubar políticos", disse o militante social-democrata.
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António Costa, companheiro de debate de Pacheco Pereira no programa televisivo Quadratura do Círculo, concordou e acrescentou que pode ser chegada a altura de "finalmente se aclarar vários dos mistérios que têm acompanhado a vida nacional nas últimas décadas".
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Alguma estranheza pela oportunidade da detenção, numa altura em que Ricardo Salgado já não lidera os destinos do BES pontuou outras reacções.
Francisco Louça, ex-líder do Bloco de Esquerda, mostrou estranheza quanto ao facto de a detenção apenas ter ocorrido já depois de Salgado ter sido afastado da liderança do BES.
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Pelo seu lado, António Lobo Xavier, militante do CDS, disse mesmo lamentar o "timing" escolhido pela justiça portuguesa, garantindo que o processo poderia ter sido feito sem a espectacularidade mediática proporcionada pela detenção.
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Mais dura foi a reacção do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que citado pela Lusa, disse esta sexta-feira, 25 de Julho, que Salgado já "era um caso de polícia", classificando também o BES como "outro caso de polícia".
O primeiro-ministro, Pedro Passo Coelho, preferiu não tecer qualquer tipo de comentário.
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Brilhante Dias utiliza Salgado para disputa interna socialista
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O deputado socialista Eurico Brilhante Dias reagiu esta sexta-feira, via Facebook, ao caso e aproveitou para o utilizar como instrumento para a actual campanha interna do PS que opõe o actual secretário-geral, António José Seguro, ao autarca lisboeta António Costa.
Na mensagem do braço direito de Seguro surge um extenso rol de perguntas que acaba, depois, com uma breve e concisa conclusão.
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"Quem sabe sabe e o Ricardo sabe. E se ele conta o que sabe? E o que saberá?", começou por perguntar o socialista. Mas se ainda esta quinta-feira o deputado Rui Paulo Figueiredo, falando em representação do seu partido, afirmava que "o PS aguarda serenamente que os poderes judiciais cumpram a sua função", Brilhante Dias quis ir mais longe e aproveitou para tentar influenciar a campanha para as primárias do partido.
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"22 anos é muito tempo. 30 anos depois das reprivatizações acomodadas com fundos comunitários. Estradas, casas e cimenteiras. Bancos e imobiliário", prosseguiu na mensagem escrita na sua página pessoal do Facebook.
"E ainda duvidam da agenda de separação dos negócios e da política? Estamos à espera que o regime caia de podre? A seguir vem a fragmentação e depois a ingovernabilidade. E depois não sei; ou não me atrevo a dizer. É também por isso que era importante que Seguro ganhasse", concluiu o deputado.
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