Santana aplaude princípio de descentralização de serviços, mas "sem levar trabalhadores à força"

O candidato à liderança do PSD Pedro Santana Lopes considerou correcto o princípio da descentralização de serviços para outras regiões, mas advertiu que, no caso do Infarmed, "os trabalhadores têm razão".
Pedro Santana Lopes
Bruno Colaço
Lusa 23 de Novembro de 2017 às 21:20

"Os trabalhadores têm razão, uma coisa é apontar um caminho, outra os procedimentos. Não se pode anunciar uma decisão antes de tratar com os trabalhadores, com a administração", defendeu, em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa com os Trabalhadores Social-Democratas em Lisboa.

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O ministro da Saúde anunciou, na terça-feira, que a sede da autoridade nacional do medicamento vai ser mudada de Lisboa para o Porto, uma mudança a ocorrer a partir de 1 de Janeiro de 2019, decisão que já mereceu a contestação da Comissão de Trabalhadores do Infarmed.

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Santana Lopes considerou o sentido da decisão "muito correto", lembrando que ele próprio, quando foi primeiro-ministro, descentralizou secretarias de Estado. "O sentido eu concordo, mas sem levar os trabalhadores à força", disse.

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Para Santana Lopes, existem outras hipóteses em relação ao Infarmed: ou a transferência apenas da administração e de alguns serviços, a integração dos trabalhadores noutras entidades da saúde ou a instalação no Porto de uma nova entidade que venha a ser criada no sector da saúde.

 

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Em declarações aos jornalistas, Pedro Santana Lopes fez ainda questão de manifestar a sua preocupação em relação à situação que se vive do sector das comunicações, em particular da Altice, que pode ter reflexos no sector da comunicação social. "É bom que o Governo e a entidade reguladora acompanhem esta situação de muito perto", defendeu, alertando que esta é uma área empresarial "onde já se desbaratou valor em demasia em Portugal".

 

O antigo primeiro-ministro realçou ainda o anúncio de que "um antigo responsável da estrutura do PS", referindo-se a André Figueiredo, foi nomeado para "o centro da gestão" da Altice. "Pode ter sido coincidência, mas tem um certo sabor a algo que já vimos há alguns anos no mesmo sector empresarial", alertou, desafiando o Governo a falar sobre este assunto aos portugueses.

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As eleições directas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se a 13 de Janeiro e, além de Santana Lopes, já se anunciou como candidato Rui Rio, que será ouvido pelos TSD na próxima terça-feira.

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