Santana Lopes: "Ligação ao trabalho" justifica recusa a candidatura a Lisboa

Foi a "ligação ao trabalho" que pesou no momento de decidir avançar de novo com uma candidatura à Câmara de Lisboa, escreve o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa num artigo de opinião publicado no Correio da Manhã.
Pedro santana lopes
Bruno Simão/Negócios
Negócios 02 de Dezembro de 2016 às 10:25

Ficar na Santa Casa da Misericórdia "é a decisão que me faz ficar bem com a minha consciência". Num texto de opinião publicado esta sexta-feira, 2 de Dezembro, no Correio da Manhã, Pedro Santana Lopes justifica, assim, a recusa a candidatar-se novamente à Câmara de Lisboa, uma opção que terá comunicado há dois dias a Passos Coelho.

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"Seria para mim praticamente impossível dizer na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que a trocava pela Câmara Municipal da mesma cidade", escreve Santana Lopes. "As responsabilidades que tenho na minha vida pessoal, familiar e profissional privada também na facilitavam uma resposta afirmativa", acrescenta, salientando, porém, que "foi a ligação ao trabalho que está a ser desenvolvido na Misericórdia que mais pesou na conclusão a que cheguei".

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O ex-primeiro-ministro admite que não lhe é "indiferente ser de novo convidado, quinze anos depois da primeira vez, para concorrer" à autarquia alfacinha. No entanto, diz não estarem agora reunidas as mesmas condições que em 2001 o levaram a desistir de um segundo mandato na Figueira da Foz para se candidatar e ganhar a câmara de Lisboa. Nessa altura, recorda, Durão Barroso apresentou-lhe o desafio "com razões nacionais", recorda. "Dizia ele que só eu conseguiria ganhar a Câmara Municipal de Lisboa e que, se isso acontecesse, certamente o Governo de António Guterres cairia e iriamos para eleições".

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"Aconteceu-me algo de parecido agora", prossegue, para concluir que "desta vez, fiz uma opção diferente e optei por continuar onde estou".

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