Seguro critica estratégia de empobrecimento para tentar equilibrar contas
"Precisamos de pôr a economia a crescer, porque é a economia que gera os recursos para equilibrar as contas públicas e pagar a nossa dívida", disse António José Seguro, esta quinta-feira em Beja, referindo que "o erro do Governo, que está a sair caro aos portugueses, foi, precisamente, fazer o contrário".
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Ou seja, o Governo "aplicou uma estratégica de empobrecimento, fazendo cortes e mais cortes, para tentar equilibrar as contas públicas, não percebendo que isso nunca conduzirá a um equilíbrio das contas públicas", explicou.
"Sei que vivemos num mundo em que é preciso ter contas públicas equilibradas, mas, bolas, o mais importante são as pessoas", defendeu António José Seguro, numa sessão com militantes e simpatizantes do PS, no âmbito da campanha para as eleições primárias no partido, marcadas para 28 de Setembro deste ano.
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Segundo o líder do PS, o Governo PSD/CDS-PP, "ideologicamente, aplicou uma receita de empobrecimento, dentro daquela ideia de que vivemos acima das possibilidades e, agora, é preciso uma punição drástica", ou seja, "pôr os portugueses mais pobres".
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O desemprego é "o maior flagelo" da sociedade portuguesa, "o maior problema", para o qual é preciso "dar resposta", alertou, lembrando que há um milhão e 100 mil portugueses desempregados e, nos últimos três anos, mais de 200 mil tiveram de emigrar, porque não tinham oportunidades de trabalho em Portugal. Por isso, defendeu, a "principal prioridade deve ser a criação de emprego e a necessidade de dinamizar a economia".
António José Seguro voltou a contestar a reorganização administrativa do território e o fecho de serviços públicos no interior do país, como escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico.
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"Não me resigno a um país inclinado para o litoral" e onde "as pessoas que vivem no litoral têm mais oportunidades do que as que vivem no interior", disse, defendendo que a criação de emprego dever ser uma "prioridade" e ter uma "descriminação positiva", para "atrair investimento privado", para as populações do interior, "mais despovoadas e desertificadas".
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