Siza Vieira: inovação é "crucial" para "construir uma década de crescimento sustentado"
O ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu esta terça-feira, numa conferência sobre "Inovação, IDE e Smart Cities" do Jornal de Negócios em parceira com a Cellnex, que o investimento na qualificação dos recursos humanos e na inovação é "crucial" para "construir uma década de crescimento económico sustentado", capaz de melhorar as condições de vida das famílias e dar mais competitividade às empresas.
"O caminho é claro: é preciso continuar a apostar nas qualificações e na inovação para o país ganhar produtividade e competitividade para a economia", referiu Pedro Siza Vieira. "É ao apostarmos nestas tendências e disseminá-las o máximo possível pelo nosso tecido social e económico que asseguraremos o objetivo de construir uma década de crescimento económico sustentado".
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Segundo o ministro, é preciso também continuar a apoiar, através de políticas públicas, "os segmentos orientados para os mercados externos e que estão num caminho de crescimento óbvio", e "ajudar recursos humanos e capital a transitar de setores menos eficientes para aqueles que mais crescem".
Governo quer vender Portugal pelo talento altamento qualificado
A par disso, considera essencial "uma nova estratégia de atração de investimento estrangeiro", que passe por "vender Portugal como destino atrativo de investimento não apenas em função de um baixo custo de produção mas, sobretudo, apoiado na disponibilidade de talento altamente qualificado".
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Dando como exemplo a aposta da Ford-Volkswagen e da Bosch em Portugal, Pedro Siza Vieira frisou que a "proximidade dos centros de consumo", a engenharia e a qualidade dos recursos humanos nacionais são os principais focos de atração de investimento estrangeiro, mas é preciso "não nos limitarmos a produzir barato aquilo que os outros inventam".
É também necessário "assegurar que o impacto do investimento direto estrangeiro se dilui pelo tecido económico nacional e, particularmente, pelas pequenas e médias empresas" e, por isso, o Governo criou, em 2017, os clubes de fornecedores para "qualificarem empresas portuguesas para se capacitarem como fornecedores de componentes para aumentar o valor acrescentado nacional das nossas produções industriais".
Melhorar a competitividade sem esquecer a transição digital
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Todos estes fatores devem conjugar-se com a transição digital. Pedro Siza Vieira considera que as empresas e as cidades devem, além do Estado, aproveitar as tecnologias para "assegurarem uma maior integração nos mercados e um maior benefício para os utilizadores finais dos bens e serviços".
No âmbito do plano de ação para a transição digital, Pedro Siza Vieira sublinhou que as smart cities foi identificadas como críticas para assegurar uma boa transição digital. Por isso, foi lançada a estratégia nacional para as smart cities que já conta, neste momento, com "inputs de cerca de 40% dos munícipios portugueses".
"Está aberta a discussão com um conjunto de interlocutores públicos e privados e esperamos poder apresentar em maio deste ano, seja qual for o Governo que estiver em funções", adiantou o ministro.
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