"Demissão seria um ato de cobardia", diz Moedas
O presidente da câmara de Lisboa diz em entrevista à CMTV que assume as suas responsabilidades no acidente com o elevador da Glória, mas reitera que só se demite se ficar provado que não deu todas as condições à Carris.
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O presidente da Câmara de Lisboa diz que assume as suas responsabilidades no acidente com o elevador da Glória, em entrevista à CMTV. Contudo, refere que só se demite "se ficar provado que não deu todas as condições à Carris". "Demissão seria um ato de cobardia", acrescentou.
Moedas diz ainda querer apurar “responsabilidades políticas, técnicas e humanas". "A grande notícia é que não houve responsabilidade humana”, referindo-se ao papel do guarda-freios ao acionar os travões, embora sem efeito. Quanto à responsabilidade política, diz que "se pode apurar já".
O presidente da câmara lembrou também que na reunião desta segunda-feira foram aprovadas várias medidas que quer implementar, como um fundo de apoio e um memorial às vítimas.
Sobre a investigação, Moedas disse que quer "levar tudo até às últimas consequências”, referindo que pediu também um inquérito externo, para além dos que já estão a decorrer. Garantiu também estar de "consciência tranquila".
Moedas referiu também que “com este trágico acidente, vamos poder tomar medidas para o futuro", garantindo que “vai haver um novo sistema de segurança” para o elevador da Glória.
Em relação a ter utilizado a expressão "sicários" para se referir a quem no PS pediu a sua demissão - nomeadamente Pedro Nuno Santos e Eurico Brilhante Dias - Moedas reconhece que utilizou "palavras fortes", mas que se deveram a ter assistido a “uma estratégia de politizar uma tragédia”.
Também atacou a sua adversária socialista nas eleições para a câmara de Lisboa, Alexandra Leitão: “Dizer que eu estive quatro dias sem fazer nada é insconsciente.”
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