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Iniciativa Liberal contra nacionalização da TAP onde Estado pode "enterrar" milhões

A Iniciativa Liberal mostrou-se hoje contra uma possível nacionalização da TAP, que considera "uma mera obsessão ideológica", avisando que o Estado vai usar centenas de milhões de euros de impostos dos contribuintes "para enterrar" na companhia aérea.

João Cotrim Figueiredo
João Cotrim Figueiredo Lusa
29 de Abril de 2020 às 21:36

"A Iniciativa Liberal é contra a nacionalização da TAP e considera, em reação às declarações do ministro, que 'é imoral nacionalizar a TAP, como se de uma salvação se tratasse numa altura em que tantas empresas, em tantos setores de atividade, estão em condições de enorme dificuldade e incertezas' e não seria possível, nem desejável, salvar todas elas", refere, em comunicado enviado à agência Lusa, o partido representado no parlamento pelo deputado único João Cotrim Figueiredo.

De acordo com os liberais, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje, quando questionado sobre a nacionalização da TAP, que "se é o povo português que paga, é bom que seja o povo português a mandar", referindo que essa hipótese não está excluída, tendo entretanto o BE já apresentado um projeto lei que visa a nacionalização da companhia aérea.

"Os contribuintes que se preparem porque o Estado, pelas mãos do PS e o apoio de partidos estatistas, vai usar centenas de milhões dos seus impostos para enterrar na TAP, por mera obsessão ideológica e porque quiseram há 5 anos reverter a privatização da empresa", avisou João Cotrim Figueiredo.

Na perspetiva da Iniciativa Liberal, "na crise em que o país irá atravessar, existem setores e funções verdadeiramente vitais, onde é importante o papel do Estado investir, como o setor da saúde".

"Já o setor da aviação não é serviço público nem depende da existência da TAP, uma vez que existem dezenas de companhias aéreas privadas que operam num mercado concorrencial e algumas até oferecem ligações aéreas que a TAP não oferecia", refere.

Segundo os liberais, "é também um setor que irá tardar a voltar à situação pré-crise, pelo que esta nacionalização se mostra verdadeiramente injustificada".

Para o partido, "a TAP é hoje uma espécie de PPP com mau funcionamento, com gestão supostamente privada e grande parte do risco público, dado que o Estado tem agora 50% de uma companhia aérea cheia de dívida", que de acordo com as contas apresentadas pelo ministro é de 800 milhões de euros.

JF // JPS

Lusa/fim

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